Marcelo Villaverde
Uma das páginas que o Google mais indica visitantes para esta minha WebHome é a que contém um pequeno artigo sobre o Suicídio que eu escrevi há alguns anos para a saudosa lista de espiritismo da Summer.
Por causa disso, de vez em quando recebo e-mails de pessoas fazendo perguntas sobre o tema, algumas mensagens até complicadas de responder, uma vez que não conhecemos bem a quem estamos falando (escrevendo). Este fim de semana recebi mais uma destas e por ser uma pergunta mais genérica, posso publicar aqui a minha resposta, quem sabe alguém que passa por aqui também tenha a mesma dúvida. Lembrando que esta é a minha visão pessoal sobre o assunto baseada no que estudei e no que vivenciei, nada mais e nada menos.
Os praticantes de esportes radicais, por exemplo, o páraquedismo, estão praticando o suicídio? O suicídio, como o entendemos, pressupõe que haja a intenção de morrer, ou seja, suicida seria então, de forma sucinta, aquele que desencarna por ato próprio consciênte ou de outrem a seu pedido. No caso dos esportes radicais, sabemos, há grandes riscos envolvidos, mas o praticante não intenciona morrer, ele busca a diversão e o prazer. Outra variável nesta questão seria quando há a morte devido à prática irresponsável, ou seja, sem as precauções ou o preparo necessários, neste caso só analisando a psique do próprio praticante poderíamos responder se esta irresponsabilidade foi pensada visando o auto-aniquilamento ou foi simplesmente fruto da sua imaturidade.
Portanto sempre temos que analisar as intenções e todo o contexto envolvido, e mesmo no caso de suicídios reais, há diversos fatores atenuantes envolvidos, no que tange ao sofrimento pós-morte, pois este ato extremo sempre é o trágico final de um processo difícil de vida onde muitas vezes o suicída silenciosamente vinha sendo arrastado a este ato por outras pessoas (encarnadas ou não).
OPINIÃO LUZ ESPÍRITA: A nossa maneira de interpretar: A prática de esportes radicais é de grande risco e o praticante estando em plena consciência, assume a responsabilidade perante o ato, uma vez que, este sabe das conseqüencias em caso de erros e falhas de equipamento ou qualquer outro tipo de acidente. Desta forma, saltando de grandes alturas, pilotando máquinas velozes, escalando altitudes, etc, o praticante sabe que pode estar indo de encontro à morte, ou seja, o suicídio não intencional.
Para quem pensa cometer um suicídio sem dor, alertamos que o suicida não o fará sem dor, muita dor.
domingo, 18 de julho de 2010
SUICÍDIO E LOUCURA
Pedro Vieira
Gostaria de tirar uma dúvida que fiquei ao ler a pergunta 944 do LE: O louco seria responsável aos olhos de Deus ao cometer o suicídio? Tal qual uma criança que ao olhar de uma janela e, se joga sem saber que vai se machucar, seria responsável?
(...) Experimente pegar uma moeda furada e observar contra a luz do Sol, na parede, a sombra com o foco de luz solar. Colocando-se um grande obstáculo na fonte de luz, colocando-se um pequeno dedo perto da moeda para bloquear a luz, caindo a noite ou ocorrendo um eclipse solar, se sua observação se limita ao foco de luz do furo da moeda, o fenômeno para você foi idêntico.
Quando o Espírito mergulha na matéria, nosso foco de visão de sua realidade espiritual é tão ou mais restrito que apenas a observação do furo de uma moeda. O que isso significa? Efeitos, fenômenos aparentemente idênticos aos olhos da matéria podem ter significações espirituais muito diversas. Precipitações na análise dos problemas levam médicos a diagnosticarem obsessões como patologias clínicas e dirigentes despreparados a diagnosticarem patologias clínicas como obsessões, por exemplo.
A loucura, grosseiramente, pode ocorrer segundo duas causas bem distintas: físicas ou espirituais, ou seja, de origem imediata na matéria ou no Espírito. Tentei evitar essa conceituação, porque ela traz um erro conceitual sério, já que a modulação da matéria obedece a uma necessidade espiritual, não são duas coisas sem conexão, mas preferi deixar por questão de simplicidade didática. Portanto, espero que os leitores a considere tomando as devidas precauções.
É medicamente comprovado que lesões a nível cerebral podem causar loucura. A correlação com a loucura, em muitos casos, obedece a uma má formação a nível cromossomial (mais uma vez, não se esqueça da correlação da modulação material com a realidade espiritual). É bastante direto entender que se o Espírito utiliza a matéria para se comunicar e projeta seu pensamento e suas vontades, enquanto encarnado, sobre o órgão físico que pode lhe ser sensível, para interagir com o mundo corporal, se esse órgão não serve mais à comunicação, por questões de lesões a nível material, essa comunicação fica interrompida, ou, ao menos, prejudicada. É o pequeno dedo à frente da sua moeda.
No livro O CÉU E O INFERNO, de Allan Kardec, Parte II, Capítulo VIII (Expiações Terrestres), leia o relato do Espírito "Charles de Saint G. - idiota". Algumas partes para atiçar sua vontade. O Espírito de Charles de Saint G. (encarnado, 13 anos de idade, idiota), foi evocado e fizeram a eles várias perguntas, entre elas, as que têm relação direta à sua pergunta:
"4. Presentemente, isto é, como Espírito, tendes consciência de vossa nulidade neste mundo? - R. Decerto que sinto o cativeiro.
5. - Quando o corpo adormece e o vosso Espírito se desprende, tendes as idéias tão lúcidas como se estivésseis em estado normal? - R. Quando o corpo infeliz repousa, fico um pouco mais livre para alçar-me ao céu a que aspiro."
Nota-se, portanto, que o Espírito em questão tinha consciência, enquanto emancipado de seu corpo físico, do seu estado, da sua prisão. Isso caracteriza a expiação a que estava submetido. A causa da deficiência a nível mental era uma forma para que ele pudesse parar seus impulsos, fazendo-o sentir o bem, as pessoas, com a calma que seu Espírito inquieto não poderia fazer em uma existência normal.
Disso guarda grande diferença a situação em que o Espírito entra em estado psíquico tão profundo de revolta, desilusão, auto-culpa, se isolando de tal forma do mundo e do contacto com os outros (monoideísmo auto-hipnotizante), que, ainda no Plano Espiritual, assume a posição de um 'louco', bloqueia sua consciência, e por vezes modela seu perispírito de acordo com essa situação psíquica, dando origem aos chamados 'ovóides'. Essa é uma deformidade essencialmente espiritual, em que o Espírito, logicamente, não adquire a consciência de uma hora para outra, quando emancipado, já que não a possuía antes de encarnar, tal o nível de hipnose a que se submeteu.
No tratamento dos ovóides, a reencarnação compulsória tem, mais do que a função de expiação (precedendo-a, inclusive), a função de tratamento do seu corpo perispiritual e também da forçação de abertura de consciência para que possa novamente ter contacto com as coisas das quais se isolou. Molda, na matéria, obviamente, esse desequilíbrio generalizado, podendo causar desfunções mentais sérias. É um caso essencialmente profundo, é o eclipse solar impedindo a projeção do buraco da moeda na parede.
Há farto material sobre ovóides disponível na literatura espírita. Lamento não ter as referências à mão, mas certamente os queridos confrades do GEAE poderão ajudá-la caso deseje uma busca mais aprofundada sobre o assunto.
Tive muito boas recomendações (não li o livro, todo o livro deve ser lido sob a óptica do bom senso kardequiano, é bom lembrar isso, porque podem refletir visões - do médium e dos espíritos - que nem sempre correspondem à realidade) de um livro chamado: "Deficiente Mental - por que fui um?", psicografado pela Vera Lúcia Marizenck de Carvalho, ditado por Espíritos diversos, editado pela Editora Petit. Está na minha lista de prioridades de leitura, mas como as recomendações partiram de pessoas que tenho muito em conta, arrisco-me a, mais uma vez, com todas as ressalvas, indicar uma fonte que pode conter algumas informações interessantes sobre o tema.
Diferenciado o grau de percepção espiritual dos dois casos, a resposta dos Espíritos sobre a loucura e a responsabilidade é mais que clara para prosseguir com as explicações.
Gostaria de tirar uma dúvida que fiquei ao ler a pergunta 944 do LE: O louco seria responsável aos olhos de Deus ao cometer o suicídio? Tal qual uma criança que ao olhar de uma janela e, se joga sem saber que vai se machucar, seria responsável?
(...) Experimente pegar uma moeda furada e observar contra a luz do Sol, na parede, a sombra com o foco de luz solar. Colocando-se um grande obstáculo na fonte de luz, colocando-se um pequeno dedo perto da moeda para bloquear a luz, caindo a noite ou ocorrendo um eclipse solar, se sua observação se limita ao foco de luz do furo da moeda, o fenômeno para você foi idêntico.
Quando o Espírito mergulha na matéria, nosso foco de visão de sua realidade espiritual é tão ou mais restrito que apenas a observação do furo de uma moeda. O que isso significa? Efeitos, fenômenos aparentemente idênticos aos olhos da matéria podem ter significações espirituais muito diversas. Precipitações na análise dos problemas levam médicos a diagnosticarem obsessões como patologias clínicas e dirigentes despreparados a diagnosticarem patologias clínicas como obsessões, por exemplo.
A loucura, grosseiramente, pode ocorrer segundo duas causas bem distintas: físicas ou espirituais, ou seja, de origem imediata na matéria ou no Espírito. Tentei evitar essa conceituação, porque ela traz um erro conceitual sério, já que a modulação da matéria obedece a uma necessidade espiritual, não são duas coisas sem conexão, mas preferi deixar por questão de simplicidade didática. Portanto, espero que os leitores a considere tomando as devidas precauções.
É medicamente comprovado que lesões a nível cerebral podem causar loucura. A correlação com a loucura, em muitos casos, obedece a uma má formação a nível cromossomial (mais uma vez, não se esqueça da correlação da modulação material com a realidade espiritual). É bastante direto entender que se o Espírito utiliza a matéria para se comunicar e projeta seu pensamento e suas vontades, enquanto encarnado, sobre o órgão físico que pode lhe ser sensível, para interagir com o mundo corporal, se esse órgão não serve mais à comunicação, por questões de lesões a nível material, essa comunicação fica interrompida, ou, ao menos, prejudicada. É o pequeno dedo à frente da sua moeda.
No livro O CÉU E O INFERNO, de Allan Kardec, Parte II, Capítulo VIII (Expiações Terrestres), leia o relato do Espírito "Charles de Saint G. - idiota". Algumas partes para atiçar sua vontade. O Espírito de Charles de Saint G. (encarnado, 13 anos de idade, idiota), foi evocado e fizeram a eles várias perguntas, entre elas, as que têm relação direta à sua pergunta:
"4. Presentemente, isto é, como Espírito, tendes consciência de vossa nulidade neste mundo? - R. Decerto que sinto o cativeiro.
5. - Quando o corpo adormece e o vosso Espírito se desprende, tendes as idéias tão lúcidas como se estivésseis em estado normal? - R. Quando o corpo infeliz repousa, fico um pouco mais livre para alçar-me ao céu a que aspiro."
Nota-se, portanto, que o Espírito em questão tinha consciência, enquanto emancipado de seu corpo físico, do seu estado, da sua prisão. Isso caracteriza a expiação a que estava submetido. A causa da deficiência a nível mental era uma forma para que ele pudesse parar seus impulsos, fazendo-o sentir o bem, as pessoas, com a calma que seu Espírito inquieto não poderia fazer em uma existência normal.
Disso guarda grande diferença a situação em que o Espírito entra em estado psíquico tão profundo de revolta, desilusão, auto-culpa, se isolando de tal forma do mundo e do contacto com os outros (monoideísmo auto-hipnotizante), que, ainda no Plano Espiritual, assume a posição de um 'louco', bloqueia sua consciência, e por vezes modela seu perispírito de acordo com essa situação psíquica, dando origem aos chamados 'ovóides'. Essa é uma deformidade essencialmente espiritual, em que o Espírito, logicamente, não adquire a consciência de uma hora para outra, quando emancipado, já que não a possuía antes de encarnar, tal o nível de hipnose a que se submeteu.
No tratamento dos ovóides, a reencarnação compulsória tem, mais do que a função de expiação (precedendo-a, inclusive), a função de tratamento do seu corpo perispiritual e também da forçação de abertura de consciência para que possa novamente ter contacto com as coisas das quais se isolou. Molda, na matéria, obviamente, esse desequilíbrio generalizado, podendo causar desfunções mentais sérias. É um caso essencialmente profundo, é o eclipse solar impedindo a projeção do buraco da moeda na parede.
Há farto material sobre ovóides disponível na literatura espírita. Lamento não ter as referências à mão, mas certamente os queridos confrades do GEAE poderão ajudá-la caso deseje uma busca mais aprofundada sobre o assunto.
Tive muito boas recomendações (não li o livro, todo o livro deve ser lido sob a óptica do bom senso kardequiano, é bom lembrar isso, porque podem refletir visões - do médium e dos espíritos - que nem sempre correspondem à realidade) de um livro chamado: "Deficiente Mental - por que fui um?", psicografado pela Vera Lúcia Marizenck de Carvalho, ditado por Espíritos diversos, editado pela Editora Petit. Está na minha lista de prioridades de leitura, mas como as recomendações partiram de pessoas que tenho muito em conta, arrisco-me a, mais uma vez, com todas as ressalvas, indicar uma fonte que pode conter algumas informações interessantes sobre o tema.
Diferenciado o grau de percepção espiritual dos dois casos, a resposta dos Espíritos sobre a loucura e a responsabilidade é mais que clara para prosseguir com as explicações.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Alexander Moreira de Almeida: a importância da religiosidade no combate à depressão e ao suicídio
Ismael Gobbo
O psiquiatra Alexander Moreira de Almeida, 33, professor adjunto de Psiquiatria e Semiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora e diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da mesma instituição, tratou, no Medinesp 2007, o congresso da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil), de um tema extremamente relevante: a importância da religiosidade no combate à depressão, suicídio e bem-estar das pessoas. Sobre os temas abordados no painel, ambos conversou com a Folha Espírita:
Folha Espírita : Qual a relação existente entre religiosidade ou espiritualidade e depressão?
Alexander Moreira de Almeida : Muitos são os estudos em vários países que buscam investigar a relação existente entre nível de envolvimento religioso e sintomas depressivos na população. E a maior parte deles tem revelado que as pessoas com maior grau de envolvimento religioso, ou seja, indivíduos que acham importante a religião em suas vidas e/ou que freq�?entam serviços religiosos tendem a apresentar menores níveis de depressão. Isso não quer dizer que o religioso não possa vir a ter depressão, porém, o risco tende a ser menor.
FE : Há algum dado estatístico que mostre a relação entre a religiosidade e a tendência ao suicídio no Brasil ou no mundo?
Almeida : Tanto no Brasil como no exterior foram desenvolvidos trabalhos que mostram essa relação. Como exemplo, um deles, realizado nos Estados Unidos e publicado há cinco anos, constatou que indivíduos que não freq�?entavam serviços religiosos apresentavam um risco de suicídio quatro vezes maior em comparação com aqueles que freq�?entavam com assiduidade o ambiente religioso.
FE : Como você define bem-estar em sua pesquisa?
Almeida : Há várias definições de bem-estar. De um modo geral o bem-estar é aferido perguntando-se ao próprio indivíduo, o quanto ele avalia o seu bem-estar e como se sente bem. Também deve ser avaliado o seu grau de otimismo, de esperança e outros indicadores que possam fazer emergir respostas à questão.
FE : As pessoas religiosas usufruem de maior bem-estar? São mais felizes, mais conformadas diante das provações que enfrentam?
Almeida : Os estudos a que nos referimos demonstram que, de um modo geral, o indivíduo mais religioso tende a ter maiores índices de bem-estar em comparação com indivíduos não religiosos.
FE : Por quê?
Almeida : Essa é uma grande questão ainda não respondida. Porém, alguns fatores ligados ao bem-estar e a felicidade também estão ligados à religiosidade. Por exemplo, alguns dos fatores ligados ao bem-estar são o sentimento do indivíduo de haver um sentido para a vida, perceber um maior sentido para ela, um objetivo na vida, nas coisas que faz, isto está ligado ao bem-estar e a religião pode promover isso. Também o maior apoio social, o relacionamento social, amigos, pessoas mais próximas, isso também esta ligado com felicidade, bem-estar e religiosidade. Em relação ao enfrentamento das dificuldades e desafios da vida, a religião muitas vezes contribui muito ao dar um significado para a vida e para as dificuldades pelas quais passamos.
FE : Você tem algum dado que mostre em qual reduto religioso ocorre menor índice de depressivos e suicidas?
Almeida : Não, os estudos de um modo geral não encontram muitas diferenças entre as diferentes religiões. O principal fator observado diz respeito ao nível de envolvimento religioso da pessoa e como se dá esse envolvimento.
FE : O fato de o Brasil ser um país formado por população muito ligada à religião, faz dele um país no qual as pessoas sintam maior bem-estar?
Almeida : É uma premissa que pode ser testada, porém, desconheço qualquer estudo que compare bem-estar e religiosidade no Brasil em relação a outros paises. É um tema interessante para ser estudado.
FE : Qual o tipo de tratamento espiritual que pode auxiliar no tratamento da depressão e de tendências suicidas?
Almeida : Esse é outro tema interessante que também merece ser estudado. Desconheço qualquer estudo a respeito. Mas o que de modo geral se percebe nos estudos é que a religiosidade pode ajudar o indivíduo a enxergar um sentido para a vida, os meios para compreendê-la ensejando-lhe a coragem necessária para encarar as dificuldades quotidianas com muita força e otimismo, objetivando superá-las. Além desse importante fomento à conscientização, levado a efeito por várias religiões, há aquelas que a ele associam os grupos de oração, a aplicação de passes magnéticos ou realizam reuniões específicas de tratamento espiritual.
FE : A sua palestra foi sobre uma pesquisa que fez sobre o assunto?
Almeida : Essa palestra é baseada numa revisão baseada em várias pesquisas publicadas sobre o assunto e numa revisão que foi publicada na Revista Brasileira de Psiquiatria. Essa e várias outras pesquisas podem ser acessadas gratuitamente na íntegra no site www.hoje.org.br/site/artigos
FE : E sobre seu estágio no exterior?
Almeida : Sem dúvida, o pós-doutorado na Duke University nos Estados Unidos foi muito importante para conhecer melhor os pesquisadores que têm trabalhado o assunto no exterior, ter acesso aos métodos de trabalho adotados e nos capacitar mais a colaborar no desenvolvimento das pesquisas de saúde no Brasil. Uma das conseq�?ências foi a publicação de uma edição especial em espiritualidade e saúde da Revista de Psiquiatria Clínica, editada pela USP, que pode ser acessada gratuitamente no seguinte link: http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/s1/index.html
FE : Em sua palestra, você apresentou uma informação de que os espíritas estariam situados entre os maiores usuários de bebidas e tabaco, talvez mais que os adeptos de outras religiões. Seria isso um sinal de inferioridade dos espíritas?
Almeida : Alguns estudos realizados no Brasil apontam no sentido de que o uso de álcool e outras drogas entre os espíritas seja maior que entre os católicos e protestantes. O assunto merece ser mais bem estudado tanto pela comunidade científica como pela própria comunidade espírita. Creio que uma das hipóteses levantadas para o caso, e que acho razoável, se prende ao fato de que quanto mais proibitiva uma religião, como em alguns grupos evangélicos, por exemplo, menor é o uso. Já no Espiritismo há a ênfase para o livre-arbítrio que, em muitos casos, de forma equivocada, alguns o utilizam como um salvo conduto e entendendo que possam fazer aquilo que queiram já que são livres e donos de seus destinos. Esquecem-s e de que ao lado do livre-arbítrio está sempre a responsabilidade, a necessidade de arcar com as conseq�?ências das escolhas feitas. Não devemos nos esquecer do bin�?mio liberdade e responsabilidade.
A religiosidade pode ajudar o indivíduo a enxergar um sentido para a vida, os meios para compreendê-la, ensejando-lhe a coragem necessária para encarar as dificuldades quotidianas com muita força e otimismo, objetivando superá-las.
Maio de 2008 - Edição número 405
Folha Espírita
O psiquiatra Alexander Moreira de Almeida, 33, professor adjunto de Psiquiatria e Semiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora e diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da mesma instituição, tratou, no Medinesp 2007, o congresso da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil), de um tema extremamente relevante: a importância da religiosidade no combate à depressão, suicídio e bem-estar das pessoas. Sobre os temas abordados no painel, ambos conversou com a Folha Espírita:
Folha Espírita : Qual a relação existente entre religiosidade ou espiritualidade e depressão?
Alexander Moreira de Almeida : Muitos são os estudos em vários países que buscam investigar a relação existente entre nível de envolvimento religioso e sintomas depressivos na população. E a maior parte deles tem revelado que as pessoas com maior grau de envolvimento religioso, ou seja, indivíduos que acham importante a religião em suas vidas e/ou que freq�?entam serviços religiosos tendem a apresentar menores níveis de depressão. Isso não quer dizer que o religioso não possa vir a ter depressão, porém, o risco tende a ser menor.
FE : Há algum dado estatístico que mostre a relação entre a religiosidade e a tendência ao suicídio no Brasil ou no mundo?
Almeida : Tanto no Brasil como no exterior foram desenvolvidos trabalhos que mostram essa relação. Como exemplo, um deles, realizado nos Estados Unidos e publicado há cinco anos, constatou que indivíduos que não freq�?entavam serviços religiosos apresentavam um risco de suicídio quatro vezes maior em comparação com aqueles que freq�?entavam com assiduidade o ambiente religioso.
FE : Como você define bem-estar em sua pesquisa?
Almeida : Há várias definições de bem-estar. De um modo geral o bem-estar é aferido perguntando-se ao próprio indivíduo, o quanto ele avalia o seu bem-estar e como se sente bem. Também deve ser avaliado o seu grau de otimismo, de esperança e outros indicadores que possam fazer emergir respostas à questão.
FE : As pessoas religiosas usufruem de maior bem-estar? São mais felizes, mais conformadas diante das provações que enfrentam?
Almeida : Os estudos a que nos referimos demonstram que, de um modo geral, o indivíduo mais religioso tende a ter maiores índices de bem-estar em comparação com indivíduos não religiosos.
FE : Por quê?
Almeida : Essa é uma grande questão ainda não respondida. Porém, alguns fatores ligados ao bem-estar e a felicidade também estão ligados à religiosidade. Por exemplo, alguns dos fatores ligados ao bem-estar são o sentimento do indivíduo de haver um sentido para a vida, perceber um maior sentido para ela, um objetivo na vida, nas coisas que faz, isto está ligado ao bem-estar e a religião pode promover isso. Também o maior apoio social, o relacionamento social, amigos, pessoas mais próximas, isso também esta ligado com felicidade, bem-estar e religiosidade. Em relação ao enfrentamento das dificuldades e desafios da vida, a religião muitas vezes contribui muito ao dar um significado para a vida e para as dificuldades pelas quais passamos.
FE : Você tem algum dado que mostre em qual reduto religioso ocorre menor índice de depressivos e suicidas?
Almeida : Não, os estudos de um modo geral não encontram muitas diferenças entre as diferentes religiões. O principal fator observado diz respeito ao nível de envolvimento religioso da pessoa e como se dá esse envolvimento.
FE : O fato de o Brasil ser um país formado por população muito ligada à religião, faz dele um país no qual as pessoas sintam maior bem-estar?
Almeida : É uma premissa que pode ser testada, porém, desconheço qualquer estudo que compare bem-estar e religiosidade no Brasil em relação a outros paises. É um tema interessante para ser estudado.
FE : Qual o tipo de tratamento espiritual que pode auxiliar no tratamento da depressão e de tendências suicidas?
Almeida : Esse é outro tema interessante que também merece ser estudado. Desconheço qualquer estudo a respeito. Mas o que de modo geral se percebe nos estudos é que a religiosidade pode ajudar o indivíduo a enxergar um sentido para a vida, os meios para compreendê-la ensejando-lhe a coragem necessária para encarar as dificuldades quotidianas com muita força e otimismo, objetivando superá-las. Além desse importante fomento à conscientização, levado a efeito por várias religiões, há aquelas que a ele associam os grupos de oração, a aplicação de passes magnéticos ou realizam reuniões específicas de tratamento espiritual.
FE : A sua palestra foi sobre uma pesquisa que fez sobre o assunto?
Almeida : Essa palestra é baseada numa revisão baseada em várias pesquisas publicadas sobre o assunto e numa revisão que foi publicada na Revista Brasileira de Psiquiatria. Essa e várias outras pesquisas podem ser acessadas gratuitamente na íntegra no site www.hoje.org.br/site/artigos
FE : E sobre seu estágio no exterior?
Almeida : Sem dúvida, o pós-doutorado na Duke University nos Estados Unidos foi muito importante para conhecer melhor os pesquisadores que têm trabalhado o assunto no exterior, ter acesso aos métodos de trabalho adotados e nos capacitar mais a colaborar no desenvolvimento das pesquisas de saúde no Brasil. Uma das conseq�?ências foi a publicação de uma edição especial em espiritualidade e saúde da Revista de Psiquiatria Clínica, editada pela USP, que pode ser acessada gratuitamente no seguinte link: http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/s1/index.html
FE : Em sua palestra, você apresentou uma informação de que os espíritas estariam situados entre os maiores usuários de bebidas e tabaco, talvez mais que os adeptos de outras religiões. Seria isso um sinal de inferioridade dos espíritas?
Almeida : Alguns estudos realizados no Brasil apontam no sentido de que o uso de álcool e outras drogas entre os espíritas seja maior que entre os católicos e protestantes. O assunto merece ser mais bem estudado tanto pela comunidade científica como pela própria comunidade espírita. Creio que uma das hipóteses levantadas para o caso, e que acho razoável, se prende ao fato de que quanto mais proibitiva uma religião, como em alguns grupos evangélicos, por exemplo, menor é o uso. Já no Espiritismo há a ênfase para o livre-arbítrio que, em muitos casos, de forma equivocada, alguns o utilizam como um salvo conduto e entendendo que possam fazer aquilo que queiram já que são livres e donos de seus destinos. Esquecem-s e de que ao lado do livre-arbítrio está sempre a responsabilidade, a necessidade de arcar com as conseq�?ências das escolhas feitas. Não devemos nos esquecer do bin�?mio liberdade e responsabilidade.
A religiosidade pode ajudar o indivíduo a enxergar um sentido para a vida, os meios para compreendê-la, ensejando-lhe a coragem necessária para encarar as dificuldades quotidianas com muita força e otimismo, objetivando superá-las.
Maio de 2008 - Edição número 405
Folha Espírita
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Suicídio: Fruto do desconhecimento
Por Lauro F. Carvalho
O suicídio é um mal individual-social que tanto choca e traumatiza, e que aumenta sobremodo nas situações de crise. O que pensar disso quando se considera que a crise econômico-financeira e político-social em que, mais uma vez, nos debatemos, em nosso País, apresenta-se, igualmente, em menor ou maior escala, pelo mundo todo?
Tem aumentado muito o número de suicídios nos últimos tempos.
Quais são as causas do suicídio? Não é difícil listar:
- Ruínas financeiras;
- Vergonha e desonra;
- Desilusões amorosas;
- Doenças surgidas, do corpo e da mente;
- Depressão, solidão;
- Medo do futuro, de fatos sabidos ou imaginados...
Mas, se analisarmos em maior profundidade essas principais razões do tresloucado gesto, veremos, também sem dificuldade, que não são fatos e ocorrências, em si, que devem ser responsabilizados pela consumação do autocídio, sim a repercussão deles na pessoa. O que leva ao desespero não é o fato desditoso, mas a maneira como a pessoa o elabora. Prova disso é que inúmeras pessoas estão, por toda parte, suportando fardos bem mais pesados que os que levam tantos ao suicídio e nem se crêem tão infelizes assim. Na verdade, correspondendo aos itens acima, que desencadeiam os atos extremos, dentre os quais o crime e o suicídio, poderíamos listar outros que se referem não aos acontecimentos externos, mas às reações subjetivas perante eles:
Orgulho pessoal, que se recusa a admitir o fracasso e a repentina ou gradual mudança do padrão de vida;
Amor próprio exacerbado, que faz acreditar que sua imagem não possa sofrer nenhum arranhão ou ferimento, que o tempo e o esforço não possam recompor;
Excessivo apego à matéria e esquecimento dos "exercícios da alma", expondo-se à sensação de derrocada, do "tudo acabado", quando um mal físico ou perda emocional cega a pessoa para os caminhos da reabilitação, ainda quando trabalhosos e longos.
Em suma, a verdadeira causa do suicídio não está nas ocorrências infelizes, mas na maneira como a pessoa capitula diante delas, por uma simples questão de livre arbítrio mal dirigido.
Dizem os Espíritos Superiores, conforme se vê no capítulo V, 14 a 17 de O Evangelho segundo o Espiritismo, que em última análise, a maior causa do suicídio vem a ser a covardia moral. De fato, a falta de coragem para enfrentar, altaneiramente, os revezes da vida é o que se vê em praticamente todos os casos de suicídio. Daí se conclui que o fator religioso, bem compreendido e exercido, constitui poderosa profilaxia do suicídio.
É preciso notar, ainda, que a ignorância quanto à vida futura é uma das razões por que tanta gente se lança ao desconhecido do além, não raro alimentando idéias distorcidas, como até mesmo de abreviar a entrada num paraíso que se julgue merecedora. O ser humano - individual e coletivamente - assume pesada responsabilidade, perante o Senhor da Vida, pelo seu marasmo em explorar e procurar conhecer, decididamente, a realidade do além-túmulo, as leis que regem o destino das almas, após a transição para esse outro plano vibratório.
É verdadeiramente incompreensível como o homem do século XXI tenha chegado a tão notável conhecimento de tudo quanto o cerca, no mundo exterior, do micro e do macrocosmo, da delicada informática às potentes tecnologias de domínio das grandes energias de que se vale, não raro irresponsavelmente e, no entanto, tenha se conservado tão ignorante quanto ao mundo exterior de si mesmo.
Salvo as honrosas exceções de alguns povos mais voltados para o espiritual, esse analfabetismo das coisas da alma e a conseqüente falta de instrução às massas, constitui, inegavelmente, uma das causas de quantos se arrojam, imprudentemente, ao poço escuro do suicídio.
A Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, revela com segurança a natureza espiritual do homem, demonstrando que a vida física não é mais que breve estágio de espíritos mortais, em trânsito pela matéria; explicando as condições felizes ou desditosas de nossa sobrevivência, no além, segundo os nossos atos, certamente é uma das forças que coíbem o suicídio, haja vista o pequeníssimo número de espíritas que se matam. Porque eles sabem ser o auto-extermínio um dos mais graves erros que o espírito encarnado comete, perante o grande Doador da Vida, nesta efêmera existência, que mais não é que simples capítulo, mais ou menos emocionante, da grande novela da evolução que estamos vivendo!
Fonte: Mundo Espírita junho /1997
O suicídio é um mal individual-social que tanto choca e traumatiza, e que aumenta sobremodo nas situações de crise. O que pensar disso quando se considera que a crise econômico-financeira e político-social em que, mais uma vez, nos debatemos, em nosso País, apresenta-se, igualmente, em menor ou maior escala, pelo mundo todo?
Tem aumentado muito o número de suicídios nos últimos tempos.
Quais são as causas do suicídio? Não é difícil listar:
- Ruínas financeiras;
- Vergonha e desonra;
- Desilusões amorosas;
- Doenças surgidas, do corpo e da mente;
- Depressão, solidão;
- Medo do futuro, de fatos sabidos ou imaginados...
Mas, se analisarmos em maior profundidade essas principais razões do tresloucado gesto, veremos, também sem dificuldade, que não são fatos e ocorrências, em si, que devem ser responsabilizados pela consumação do autocídio, sim a repercussão deles na pessoa. O que leva ao desespero não é o fato desditoso, mas a maneira como a pessoa o elabora. Prova disso é que inúmeras pessoas estão, por toda parte, suportando fardos bem mais pesados que os que levam tantos ao suicídio e nem se crêem tão infelizes assim. Na verdade, correspondendo aos itens acima, que desencadeiam os atos extremos, dentre os quais o crime e o suicídio, poderíamos listar outros que se referem não aos acontecimentos externos, mas às reações subjetivas perante eles:
Orgulho pessoal, que se recusa a admitir o fracasso e a repentina ou gradual mudança do padrão de vida;
Amor próprio exacerbado, que faz acreditar que sua imagem não possa sofrer nenhum arranhão ou ferimento, que o tempo e o esforço não possam recompor;
Excessivo apego à matéria e esquecimento dos "exercícios da alma", expondo-se à sensação de derrocada, do "tudo acabado", quando um mal físico ou perda emocional cega a pessoa para os caminhos da reabilitação, ainda quando trabalhosos e longos.
Em suma, a verdadeira causa do suicídio não está nas ocorrências infelizes, mas na maneira como a pessoa capitula diante delas, por uma simples questão de livre arbítrio mal dirigido.
Dizem os Espíritos Superiores, conforme se vê no capítulo V, 14 a 17 de O Evangelho segundo o Espiritismo, que em última análise, a maior causa do suicídio vem a ser a covardia moral. De fato, a falta de coragem para enfrentar, altaneiramente, os revezes da vida é o que se vê em praticamente todos os casos de suicídio. Daí se conclui que o fator religioso, bem compreendido e exercido, constitui poderosa profilaxia do suicídio.
É preciso notar, ainda, que a ignorância quanto à vida futura é uma das razões por que tanta gente se lança ao desconhecido do além, não raro alimentando idéias distorcidas, como até mesmo de abreviar a entrada num paraíso que se julgue merecedora. O ser humano - individual e coletivamente - assume pesada responsabilidade, perante o Senhor da Vida, pelo seu marasmo em explorar e procurar conhecer, decididamente, a realidade do além-túmulo, as leis que regem o destino das almas, após a transição para esse outro plano vibratório.
É verdadeiramente incompreensível como o homem do século XXI tenha chegado a tão notável conhecimento de tudo quanto o cerca, no mundo exterior, do micro e do macrocosmo, da delicada informática às potentes tecnologias de domínio das grandes energias de que se vale, não raro irresponsavelmente e, no entanto, tenha se conservado tão ignorante quanto ao mundo exterior de si mesmo.
Salvo as honrosas exceções de alguns povos mais voltados para o espiritual, esse analfabetismo das coisas da alma e a conseqüente falta de instrução às massas, constitui, inegavelmente, uma das causas de quantos se arrojam, imprudentemente, ao poço escuro do suicídio.
A Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, revela com segurança a natureza espiritual do homem, demonstrando que a vida física não é mais que breve estágio de espíritos mortais, em trânsito pela matéria; explicando as condições felizes ou desditosas de nossa sobrevivência, no além, segundo os nossos atos, certamente é uma das forças que coíbem o suicídio, haja vista o pequeníssimo número de espíritas que se matam. Porque eles sabem ser o auto-extermínio um dos mais graves erros que o espírito encarnado comete, perante o grande Doador da Vida, nesta efêmera existência, que mais não é que simples capítulo, mais ou menos emocionante, da grande novela da evolução que estamos vivendo!
Fonte: Mundo Espírita junho /1997
terça-feira, 13 de julho de 2010
Suicidar-se, nunca! - Do Portal do Espírito
Orson Peter Carrara
Meu caro leitor, se você é daquelas pessoas que está enfrentando difícil fase de sua existência, com escassez de recursos financeiros, enfermidades ou complexos desafios pessoais (na vida familiar ou não) e está se sentindo muito abatido, gostaria de convidá-lo a uma grave reflexão.
Todos temos visto a ocorrência triste e dramática daqueles que se lançam ao suicídio, das mais variadas formas. A idéia infeliz surge, é alimentada pelo agravamento dos problemas do cotidiano e concretiza-se no ato infeliz do auto-extermínio.
Diante de possíveis angústias e estados depressivos, não há outro remédio senão a calma, a paciência e a confiança na vida, que sempre nos reserva o melhor ou o que temos necessidade de enfrentar para aprender. Ações precipitadas, suicídios e atos insanos são praticados devido ao desespero que atinge muitas pessoas que não conseguem enxergar os benefícios que as cercam de todos os lados.
Mas é interessante ressaltar que estes estados de alma, de desalento, de angústias, de atribulações de toda ordem, não são casos isolados. Eles integram a vida humana. Milhões de pessoas, em todo mundo, lutam com esses enigmas como alunos que quebram a cabeça tentando resolver exercícios de física ou matemática. Mas até uma criança sabe que o problema que parece insolúvel não se resolverá rasgando o caderno e fugindo da sala de aula.
Sim, a comparação é notável. Destruir o próprio corpo, a própria vida, como aparente solução é uma decisão absurda. Vejamos os problemas como autênticos desafios de aprendizado, nunca como castigos ou questões insuperáveis. Tudo tem uma solução, ainda que difícil ou demorada.
O fato, porém, é que precisamos sempre resistir aos embates do cotidiano com muita coragem e determinação. Viver é algo extraordinário. Tudo, mas tudo mesmo, passa. Para que entregar-se ao desespero? Há razões de sobra para sorrir, rir e viver...!
O suicídio é um dos maiores equívocos humanos, para não dizer o maior. A pessoa sente-se pressionada por uma quantidade variável de desafios, que julga serem problemas sem solução, e precipita-se na ilusão da morte. Sim, ilusão, porque ninguém consegue auto-exterminar-se. E o suicídio agrava as dificuldades porque aí a pessoa sente o corpo inanimado, cuja decomposição experimenta com os horrores próprios, pressionada agora pelo arrependimento, pelo remorso, sem possibilidade de retorno imediato para refazer a própria vida. Em meio a dores morais intensas, com as sensações físicas próprias, sentindo ainda a angústia dos seres queridos que com ele conviviam, o suicida torna-se um indigente do além.
Como? Sim, apenas conseqüências do ato extremo, nunca castigo. Isto tudo por uma razão muito simples: não somos o corpo, estamos no corpo. Somos espíritos reencarnados, imortais. E a vida nunca cessa, ela continua objetivando o aprimoramento moral e intelectual de todos os filhos de Deus. Suicidar-se é ilusão. Os desafios existenciais surgem exatamente para promover o progresso, convidando à conquista de virtudes e o desenvolvimento da inteligência. A oportunidade de viver e aprender é muito rica para ser desprezada. E quando alguém a descarta, surgem conseqüências naturais: o sofrimento físico, pela auto-agressão e o sofrimento moral do arrependimento e da perda de oportunidades. Muitos talvez, poderão perguntar-se: Mas de onde vem essas informações?
A Revelação Espírita trouxe essas informações. São os próprios espíritos que trouxeram as descrições do estado que se encontram depois da morte. Entre eles, também os suicidas descrevem os sofrimentos físicos e morais que experimentam. Sim porque sendo patrimônio concedido por Deus, a vida interrompida por vontade própria é transgressão à sua Lei de Amor. Como uma criança pequena que teima em não ouvir os pais e coloca os dedos na tomada elétrica.
Para os suicídios há atenuantes e agravantes, mas sempre com conseqüências dolorosas e que vão requerer longo tempo de recuperação. Deus, que é Pai bondoso e misericordioso, jamais abandona seus filhos e concede-lhes sempre novas oportunidades. Aí surge a reencarnação como caminho reparador, em existências difíceis que apresentam os sintomas e aparências do ato extremo do suicídio. Há que se pensar nos familiares, cônjuges, pais e filhos, na dor que experimentam diante do suicídio do ser querido. Há que se pensar no arrependimento inevitável que virá. Há que se ponderar no desprezo endereçado à vida. Há, mais ainda, que se buscar na confiança em Deus, na coragem, na prece sincera, nos amigos (especialmente o maior deles, Jesus), a força que se precisa para vencer quaisquer idéias que sugiram o auto-extermínio.
Meu amigo, minha amiga, pense no tesouro que é tua vida, de tua família! Jamais te deixes enganar pela ilusão do suicídio. Viva! Viva intensamente! Com alegria! Que não te perturbe nem a dificuldade, nem a enfermidade, nem a carência material. Confie, meu caro, e prossiga!
Meu caro leitor, se você é daquelas pessoas que está enfrentando difícil fase de sua existência, com escassez de recursos financeiros, enfermidades ou complexos desafios pessoais (na vida familiar ou não) e está se sentindo muito abatido, gostaria de convidá-lo a uma grave reflexão.
Todos temos visto a ocorrência triste e dramática daqueles que se lançam ao suicídio, das mais variadas formas. A idéia infeliz surge, é alimentada pelo agravamento dos problemas do cotidiano e concretiza-se no ato infeliz do auto-extermínio.
Diante de possíveis angústias e estados depressivos, não há outro remédio senão a calma, a paciência e a confiança na vida, que sempre nos reserva o melhor ou o que temos necessidade de enfrentar para aprender. Ações precipitadas, suicídios e atos insanos são praticados devido ao desespero que atinge muitas pessoas que não conseguem enxergar os benefícios que as cercam de todos os lados.
Mas é interessante ressaltar que estes estados de alma, de desalento, de angústias, de atribulações de toda ordem, não são casos isolados. Eles integram a vida humana. Milhões de pessoas, em todo mundo, lutam com esses enigmas como alunos que quebram a cabeça tentando resolver exercícios de física ou matemática. Mas até uma criança sabe que o problema que parece insolúvel não se resolverá rasgando o caderno e fugindo da sala de aula.
Sim, a comparação é notável. Destruir o próprio corpo, a própria vida, como aparente solução é uma decisão absurda. Vejamos os problemas como autênticos desafios de aprendizado, nunca como castigos ou questões insuperáveis. Tudo tem uma solução, ainda que difícil ou demorada.
O fato, porém, é que precisamos sempre resistir aos embates do cotidiano com muita coragem e determinação. Viver é algo extraordinário. Tudo, mas tudo mesmo, passa. Para que entregar-se ao desespero? Há razões de sobra para sorrir, rir e viver...!
O suicídio é um dos maiores equívocos humanos, para não dizer o maior. A pessoa sente-se pressionada por uma quantidade variável de desafios, que julga serem problemas sem solução, e precipita-se na ilusão da morte. Sim, ilusão, porque ninguém consegue auto-exterminar-se. E o suicídio agrava as dificuldades porque aí a pessoa sente o corpo inanimado, cuja decomposição experimenta com os horrores próprios, pressionada agora pelo arrependimento, pelo remorso, sem possibilidade de retorno imediato para refazer a própria vida. Em meio a dores morais intensas, com as sensações físicas próprias, sentindo ainda a angústia dos seres queridos que com ele conviviam, o suicida torna-se um indigente do além.
Como? Sim, apenas conseqüências do ato extremo, nunca castigo. Isto tudo por uma razão muito simples: não somos o corpo, estamos no corpo. Somos espíritos reencarnados, imortais. E a vida nunca cessa, ela continua objetivando o aprimoramento moral e intelectual de todos os filhos de Deus. Suicidar-se é ilusão. Os desafios existenciais surgem exatamente para promover o progresso, convidando à conquista de virtudes e o desenvolvimento da inteligência. A oportunidade de viver e aprender é muito rica para ser desprezada. E quando alguém a descarta, surgem conseqüências naturais: o sofrimento físico, pela auto-agressão e o sofrimento moral do arrependimento e da perda de oportunidades. Muitos talvez, poderão perguntar-se: Mas de onde vem essas informações?
A Revelação Espírita trouxe essas informações. São os próprios espíritos que trouxeram as descrições do estado que se encontram depois da morte. Entre eles, também os suicidas descrevem os sofrimentos físicos e morais que experimentam. Sim porque sendo patrimônio concedido por Deus, a vida interrompida por vontade própria é transgressão à sua Lei de Amor. Como uma criança pequena que teima em não ouvir os pais e coloca os dedos na tomada elétrica.
Para os suicídios há atenuantes e agravantes, mas sempre com conseqüências dolorosas e que vão requerer longo tempo de recuperação. Deus, que é Pai bondoso e misericordioso, jamais abandona seus filhos e concede-lhes sempre novas oportunidades. Aí surge a reencarnação como caminho reparador, em existências difíceis que apresentam os sintomas e aparências do ato extremo do suicídio. Há que se pensar nos familiares, cônjuges, pais e filhos, na dor que experimentam diante do suicídio do ser querido. Há que se pensar no arrependimento inevitável que virá. Há que se ponderar no desprezo endereçado à vida. Há, mais ainda, que se buscar na confiança em Deus, na coragem, na prece sincera, nos amigos (especialmente o maior deles, Jesus), a força que se precisa para vencer quaisquer idéias que sugiram o auto-extermínio.
Meu amigo, minha amiga, pense no tesouro que é tua vida, de tua família! Jamais te deixes enganar pela ilusão do suicídio. Viva! Viva intensamente! Com alegria! Que não te perturbe nem a dificuldade, nem a enfermidade, nem a carência material. Confie, meu caro, e prossiga!
Suicídio: uma via de mão única
O suicídio é um ato que não se justifica sob nenhum ângulo observado. Movido sob a alegação de “única chance de resolver o problema”, o homem atribui a ele um lugar de honra, já que nada mais pode ser tentado.
Geralmente, a pessoa que acalenta este tipo de desejo deixa pistas que familiares e amigos não se deram conta na época. Por outro lado, deu brecha para que desencarnados em situação infeliz lhe dêem a força de que necessita para concretizar tal atitude – são os chamados “obsessores”, que anteriormente fizeram o mesmo, trilhando um caminho sem volta.
O candidato a suicida não tem noção plena do mal que pensa em praticar. Preocupado consigo mesmo, em resolver uma problemática pessoal, não se dá conta de que uma morte dessa natureza não tem implicação meramente pessoal, mas familiar e social. Trata-se de uma tragédia difícil de ser esquecida por várias gerações. E isso no campo dos encarnados.
Do ponto de vista espiritual, os danos são ainda piores. Conforme os discursos dos suicidas já em tratamento, após o resgate, o arrependimento é a tônica geral. E isso é unânime. Não existe nenhum suicida que relate uma passagem gloriosa para o além. Ao contrário disso, todos a descrevem recheada de dor, de sofrimento inenarrável – físico, psicológico, moral. São todos tomados pelo remorso e fariam qualquer negócio para retornarem à carne. A saudade dos familiares, dos amigos e afins os dilacera. A falta de coragem para enfrentar a problemática que os consumiu agora parece um deleite, se comparada à tortura da culpa. E é somente com a lembrança de Deus, somada ao arrependimento, que a ajuda chega, para o resgate sublime.
Somente no Brasil, são mais de cinco casos semanais registrados pela imprensa – dentre esses, aparecem também os homicídios de ex- esposas ou ex-namoradas, seguidos de suicídios. O que justifica entendermos este ato como um momento em que o orgulho e o egoísmo predominam. É como se existisse uma única alternativa para se resolver o maior problema que se atravessa no momento. É quando o silêncio impera e Deus é o grande desconhecido. A dissociação entre religiosidade e materialismo se verifica e vence o mais forte. É uma via de mão única, que somente se resolverá com a bênção da reencarnação.
Texto de Soraia Vasconcelos
Geralmente, a pessoa que acalenta este tipo de desejo deixa pistas que familiares e amigos não se deram conta na época. Por outro lado, deu brecha para que desencarnados em situação infeliz lhe dêem a força de que necessita para concretizar tal atitude – são os chamados “obsessores”, que anteriormente fizeram o mesmo, trilhando um caminho sem volta.
O candidato a suicida não tem noção plena do mal que pensa em praticar. Preocupado consigo mesmo, em resolver uma problemática pessoal, não se dá conta de que uma morte dessa natureza não tem implicação meramente pessoal, mas familiar e social. Trata-se de uma tragédia difícil de ser esquecida por várias gerações. E isso no campo dos encarnados.
Do ponto de vista espiritual, os danos são ainda piores. Conforme os discursos dos suicidas já em tratamento, após o resgate, o arrependimento é a tônica geral. E isso é unânime. Não existe nenhum suicida que relate uma passagem gloriosa para o além. Ao contrário disso, todos a descrevem recheada de dor, de sofrimento inenarrável – físico, psicológico, moral. São todos tomados pelo remorso e fariam qualquer negócio para retornarem à carne. A saudade dos familiares, dos amigos e afins os dilacera. A falta de coragem para enfrentar a problemática que os consumiu agora parece um deleite, se comparada à tortura da culpa. E é somente com a lembrança de Deus, somada ao arrependimento, que a ajuda chega, para o resgate sublime.
Somente no Brasil, são mais de cinco casos semanais registrados pela imprensa – dentre esses, aparecem também os homicídios de ex- esposas ou ex-namoradas, seguidos de suicídios. O que justifica entendermos este ato como um momento em que o orgulho e o egoísmo predominam. É como se existisse uma única alternativa para se resolver o maior problema que se atravessa no momento. É quando o silêncio impera e Deus é o grande desconhecido. A dissociação entre religiosidade e materialismo se verifica e vence o mais forte. É uma via de mão única, que somente se resolverá com a bênção da reencarnação.
Texto de Soraia Vasconcelos
domingo, 4 de julho de 2010
Não Soube Esperar Cinco Dias
Francisco Teodoro era um próspero industrial que, nos idos de 1914, passou por uma grave crise financeira. Diante da falência iminente, e porque alguém o ameaçava com escândalos na imprensa, denunciando-o como negociante desonesto, cometeu o suicídio.
O empresário suicida, segundo o Espírito Hilário Silva, passou por pavorosos sofrimentos no mundo espiritual, em razão de ter dado cabo da sua existência física. Porém, 30 anos depois, Francisco Teodoro recuperou seu equilíbrio na vida espiritual com o apoio da Misericórdia Divina. Em razão da sua melhora espiritual, o ex-suicida desejou descer a Terra, para rever a fábrica de tecidos que tinha sido sua e que supunha estar em ruínas.
Ao visitá-la, ficou surpreso com o enorme progresso da indústria que fundara. Naquele momento, um amigo espiritual informou-lhe que, após cinco dias de seu suicídio, todo o estoque de tecidos da fábrica fora vendido por quatro mil contos de réis, ou seja, quatro vezes mais o valor da dívida contraída que o levara a tirar a sua vida física. Diante dessa informação, o industrial suicida mostrou melancólico sorriso, compreendendo que a Bondade Divina não falhara. Ele apenas não soube esperar. Apenas cinco dias...
Pois é: muitas vezes, na vida, são necessários dias, meses, anos, para resolvermos problemas ou vencermos dificuldades, mas uma coisa é certa: todos eles têm solução. A questão é saber esperar, e por piores que sejam as nossas dores físicas ou morais, devemos confiar na bondade de Deus; afinal, o Pai Celestial nunca está pobre de misericórdia!
O fato ocorrido com o industrial suicida, narrado pelo Espírito Hilário Silva, está publicado no livro Ideias e Ilustrações, psicografado por Francisco Cândido Xavier, e comentado, também, na obra de minha autoria Suicídio e Suas Consequências. Esses livros encontram-se disponíveis no CEERJ, tel.: 2224-1244, site: www.ceerj.org.br. Porém, se você está sofrendo muito e pensa em fugir deste mundo, dê uma chance à sua própria vida! Faça uma prece a Deus pedindo ajuda e desabafe ligando para o CVV – tels. 141 ou 2233-9191.
Gerson Simões Monteiro
Vice-Presidente da FUNTARSO
E-mail: gerson@radioriodejaneiro.am.br
O empresário suicida, segundo o Espírito Hilário Silva, passou por pavorosos sofrimentos no mundo espiritual, em razão de ter dado cabo da sua existência física. Porém, 30 anos depois, Francisco Teodoro recuperou seu equilíbrio na vida espiritual com o apoio da Misericórdia Divina. Em razão da sua melhora espiritual, o ex-suicida desejou descer a Terra, para rever a fábrica de tecidos que tinha sido sua e que supunha estar em ruínas.
Ao visitá-la, ficou surpreso com o enorme progresso da indústria que fundara. Naquele momento, um amigo espiritual informou-lhe que, após cinco dias de seu suicídio, todo o estoque de tecidos da fábrica fora vendido por quatro mil contos de réis, ou seja, quatro vezes mais o valor da dívida contraída que o levara a tirar a sua vida física. Diante dessa informação, o industrial suicida mostrou melancólico sorriso, compreendendo que a Bondade Divina não falhara. Ele apenas não soube esperar. Apenas cinco dias...
Pois é: muitas vezes, na vida, são necessários dias, meses, anos, para resolvermos problemas ou vencermos dificuldades, mas uma coisa é certa: todos eles têm solução. A questão é saber esperar, e por piores que sejam as nossas dores físicas ou morais, devemos confiar na bondade de Deus; afinal, o Pai Celestial nunca está pobre de misericórdia!
O fato ocorrido com o industrial suicida, narrado pelo Espírito Hilário Silva, está publicado no livro Ideias e Ilustrações, psicografado por Francisco Cândido Xavier, e comentado, também, na obra de minha autoria Suicídio e Suas Consequências. Esses livros encontram-se disponíveis no CEERJ, tel.: 2224-1244, site: www.ceerj.org.br. Porém, se você está sofrendo muito e pensa em fugir deste mundo, dê uma chance à sua própria vida! Faça uma prece a Deus pedindo ajuda e desabafe ligando para o CVV – tels. 141 ou 2233-9191.
Gerson Simões Monteiro
Vice-Presidente da FUNTARSO
E-mail: gerson@radioriodejaneiro.am.br
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