Para quem pensa cometer um suicídio sem dor, alertamos que o suicida não o fará sem dor, muita dor.

domingo, 7 de junho de 2015

O suicídio golpeia a Alma - Por Paiva Netto

http://www.onortao.com.br/noticias/o-suicidio-golpeia-a-alma--por-paiva-netto,42766.php

Em Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade, destaquei que, ao escrever esse livro, meu intuito foi mostrar aos prezados leitores que a Dor nos fortalece e nos instrui a vencer todos os obstá­culos, por piores que sejam. Por isso, suicidar-se é um tremendo engano. Zarur alertava: “O suicídio não resolve as angústias de ninguém”.

No encarte do CD da radionovela Memórias de um Suicida, afirmo que o suicídio é um ato que infalivelmente golpeia a Alma de quem o pratica. Ao chegar ao Outro Lado, ela vai encontrar-se mais viva do que nunca, a padecer opressivas aflições por ter fugido de sua responsabilidade terrena. Convém assinalar que sempre alguém fica ferido e/ou abandonado com a deserção da pessoa amada ou amiga, em quem confiava, seja aqui ou no Mundo da Verdade.

E é de muito bom senso não olvidarmos que no Tribunal Celeste vigora o Amor, mas não existe impunidade.

Autor: Paiva Netto
Fonte: O Nortão

A prevenção do suicídio: viver é a melhor opção - Por Leonardo Boff

http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Direitos-Humanos/A-prevencao-do-suicidio-viver-e-a-melhor-opcao/5/33591

O jornalista André Trigueiro é possuído por duas paixões: a causa ambiental e a prevenção do suicídio. No fundo é movido por um único grande amor: o amor apaixonado pela vida, seja da natureza ou seja do ser humano sob risco.

O amor pela natureza se materializa por seu programa, talvez o melhor do gênero sobre o ambiente da televisão nacional, transmitido pela Globonews com o título Cidades e Soluções.

O amor pelo ser humano sob risco de suicídio se mostra por sua atuação no Centro de Valorização da Vida (CVV) do Rio de Janeiro e por este esplêndido livro cujo título diz tudo: “Viver é a melhor Opção: a prevenção do suicídio no Brasil e no mundo”(Editora Espírita, São Bernardo do Campo 2015).

Não conheço na literatura acessível, texto mais minucioso, analítico, inspirador e sustentador do amor e da esperança pela vida que este de André Trigueiro.

Antes de mais nada, se comporta como um consciencioso jornalista investigador: recolhe, nas fontes mais seguras, os principais dados atinentes ao suicído no Brasil e no mundo. Em seguida analisa os fatores e as causas que levam as pessoas a buscarem a própria morte. Por fim, sugere e propõe caminhos de acompanhamento e de superação. Como uma espécie de adendo, mas sem qualquer propósito proselitista, expõe didaticamente a visão espírita do suicídio, como ela o ajudou pessoalmente a ser mais humano e espiritual e como o suicida vem sendo tratado pela doutrina.

Primeiramente quebra o tabu e o silêncio que cercam o fenômeno mundial do suicídio. Prevenção se faz com informação. Falar do suicídio como falamos da AIDS ajuda a eventuais suicidas a evitarem este caminho. Mas não basta falar. Trata-se de falar, como demonstra em seu próprio texto, com sumo respeito, imbuído de compreensão e compaixão, evitando qualquer dramatização e espetacularização excessiva.

Os dados nos obrigam a falar do suicídio pois sua grande ocorrência se transformou num problema de saúde pública, raramente inserido nos planos sanitários dos governos. Os últimos dados acessíveis da Organização Mundial da Saúde (OMS) são de 2012. Ali se diz: são cerca de 804 mil casos por ano, o que vem dar um suicida a cada 40 segundos e ainda a cada dois segundos uma tentativa de suicídio.

No Brasil são 11.821 casos por ano o que equivale a 32 por dia especialmente na Amazônia, na Paraíba, na Bahia e no Rio Grande do Sul.

Numa perspectiva global, depois dos acidentes de trânsito é o suicídio a causa principal de mortalidade, cobrindo todas as idades, mas afetando principalmenente os jovens entre 15-29 anos que representam 8,5% das mortes no mundo.

Este fato desafia a inteligência humana: como é possível que um ser chamado à vida, o dom mais precioso que existe no universo, pode buscar a eliminação da própria vida? Aqui se faz necessária uma realista compreensão da condição humana, feita de luz e de sombras, de sucessos e de fracassos, de esperança e de desespero. Este dado não é um defeito de nossa natureza, mas a constituição de nosso próprio ser, mortal, finito, imperfeito e sempre a caminho da perfeição. Há inúmeros fatores que levam as pessoas a buscar o suicídio: a inundação da dimensão de sombra, transtornos psicológicos, doenças incapacitantes, profundas decepções e prolongadas depressões. Mas mais que tudo, a perda do sentido da vida que suscita nas pessoas vulneráveis o impulso de desaparecer. Não raro, tirar a própria vida é uma forma de buscar um sentido que lhe é negado nesta vida. Daí nosso respeito face a quem toma tal decisão, não por covardia, mas por amor a uma vida supostamente melhor que esta.

Mas André Trigueiro sustenta com determinação e profunda esperança, a tese: “na maioria absoluta dos casos os suicídios são preveníveis”.

É neste contexto que detalha os vários caminhos especialmente desenvolvidos pelo grupo Samaritanos em Londres e pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), ambos de origem espírita mas sem qualquer disposição de conquistar para esse caminho espiritual. Estas duas instituições maiores compostas de voluntários (só os 70 postos no Brasil atendem por ano, na média 800 mil ligações por telefone ou internet) são as que diretamente se dedicam à prevenção do suicídio. Os valores que os inspiram são profundamente humanísticos e ético-espirituais: a compreensão, a acolhida, a escuta, a fraternidade, a cooperação, o crescimento interior e o exercício da vida plena.

Só o que reforça a vida pode salvar a vida sob risco. Vale a tese de Trigueiro: “viver é a melhor opção”.

É mérito de André Trigueiro não apenas nos transmitir essa mensagem de esperança e de escuta mas também de vivê-la concretamente em sua própria vida.


Leonardo Boff é teólogo e escritor

sexta-feira, 8 de maio de 2015

sobre o suicídio - André Trigueiro

http://www.plurale.com.br/site/noticias-detalhes.php?cod=14113&codSecao=5

André Trigueiro fala com exclusividade à Plurale sobre o suicídio, tema de seu novo livro



Por Sônia Araripe, Editoria de Plurale
Acostumado ao frisson de pedidos de fotos de fãs e ao burburinho de jovens alunos, o jornalista André Trigueiro, uma das principais vozes atualmente da mídia sustentável, está bem longe de ser uma celebridade inatingível, no sentido pejorativo do termo. Afável, cordial e, acima de tudo, engajado, Trigueiro tem procurado "mergulhar" em temas tão polêmicos quanto relevantes. Já rodou meio mundo para mostrar bons exemplos de iniciativas sustentáveis e não se cansa também de denunciar a realidade dura e crua de comunidades sem voz nos rincões deste Brasil. É, sem dúvida, um voluntário em causas que valem a pena. E não são poucas.
Autor de quatro - todos best-sellers - o jornalista, com longa trajetória de cerca de 30 anos em diferentes redações, se prepara para lançar mais um. Desta vez, de um tema realmente tabu: o suicídio. Trigueiro atua como voluntário-colaborador na ONG Centro de Valorização da Vida (CVV), entidade com 53 anos de trabalho sério na causa. No livro - "Viver é a melhor opção" -, que será lançado no próximo dia 11 de maio, na Livraria da Travessa, do Shopping Leblon, o jornalista fala de sua pesquisa e militância em torno de um assunto tão sério quanto urgente. Todos os direitos autorais do livro serão para o CVV.
"A prevenção do suicídio é um assunto urgente, e ausente. São mais de 800 mil casos por ano, 2.200 por dia, um a cada 40 segundos", adverte o autor. Nesta conversa exclusiva com Plurale, Trigueiro fala sobre a abordagem do assunto e também deixa uma mensagem otimista para quem algum dia pensou em se suicidar. "Acho importante a gente se dar conta de que toda dor, por mais aguda que seja, passa. Se demorar a passar, procuremos ajuda. Muita gente que já pensou várias vezes em se matar, hoje consegue tocar a vida muito bem sem esse pensamento."
Plurale - O livro trata de um tema-tabu. Como teve a ideia de abordar este assunto?
André Trigueiro - É desafio do bom jornalismo enfrentar tabus em nome da vida, da saúde e da paz. A prevenção do suicídio é um assunto urgente, e ausente. São mais de 800 mil casos por ano, 2.200 por dia, um a cada 40 segundos. Quase ninguém sabe que o suicídio é considerado caso de saúde pública no mundo, e também no Brasil. Outra informação importante amplamente desconhecida é a de que o suicídio é prevenível em 90% dos casos, quando há intercorrência com patologias de ordem mental diagnosticáveis e tratáveis, principalmente o transtorno de humor, popularmente conhecido como depressão. Apesar de tudo isso, permanece o tabu na sociedade e nas mídias. Suicídio continua sendo um assunto invisível, mesmo quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça em sucessivos relatórios o papel estratégico da comunicação para que se reduza o número de casos. Os profissionais de saúde sabem que prevenção se faz com informação. É possível reduzir a incidência de dengue, tuberculose, hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis e outros males que atingem a Humanidade com informação clara e objetiva. O mesmo se dá quando o assunto é suicídio. É preciso saber o que dizem os especialistas, mapear os riscos, identificar os sinais de alerta e procurar ajuda quando necessário. Tudo isso só é possível com informação. Neste caso em particular, a informação correta pode salvar vidas. Essa é a principal contribuição do livro.
Plurale - O que o livro aponta? Os suicídios no Brasil aumentam....quais seria as suas principais causas?

André Trigueiro - As taxas oscilam muito, sempre num patamar elevado, razão pela qual o suicídio é considerado caso de saúde pública no mundo(pela OMS) e no Brasil (pelo Ministério da Saúde). O último levantamento é de 2012 , quando 804 mil pessoas cometeram suicídio no mundo, 2.200 casos por dia, um a cada 40 segundos. É um número de óbitos superior a dos homicídios ou de mortos em conflitos armados. Em números absolutos, o Brasil aparece em 8º no ranking mundial de suicídios com 11.821 óbitos por suicídio (em 2012), o que dá uma média de 32 casos por dia. A taxa de crescimento desse gênero de morte em nosso país é superior à do crescimento da população. Importante dizer que estes números não expressam a realidade das ocorrências, há na verdade muito mais suicídios acontecendo por aí, já que as próprias autoridades de saúde reconhecem o problema da subnotificação, ou seja, muitos atestados de óbito são preenchidos de maneira imprecisa, atribuindo a "causa indeterminada" ou "acidente" o que na verdade foi suicídio.

Plurale - Você acredita que há uma certa hipocrisia da sociedade em torno do suicídio? Como se empurrasse para debaixo do tapete um tema tão sério?

André Trigueiro- É um tabu, e enquanto for um assunto invisível, as estatísticas permanecerão preocupantes. No livro compartilho as orientações da OMS aos profissionais de imprensa sobre como falar de suicídio nas mídias. Entre outras recomendações, sugere-se não destacar esse tipo assunto com manchetes e fotos, não informar o meio empregado para consumar o suicídio, não enaltecer as qualidades morais do suicida, e sempre abrir espaço para as informações que aludem a prevenção. As pessoas precisam saber que o suicídio é prevenível em 90% dos casos, devem estar cientes das patologias que inspiram maior atenção e vigilância, as situações de risco, onde procurar ajuda especializada e quais os serviços de apoio emocional e prevenção do suicídio que existem no Brasil (como é o caso do Centro de Valorização da Vida, www.cvv.org.br – 141). É importante dizer que o jornalismo tem uma função social, ele precisa ser útil à sociedade, e neste capítulo da prevenção do suicídio, é preciso fazer mais e melhor

Plurale - Você é voluntário-colaborador na causa e está doando os direitos autorais para o CVV. Acha que falta um pouco mais de comprometimento de voluntários na causa?

André Trigueiro - Acho que falta informação. Quanto mais pessoas souberem que esse problema existe, maior será a mobilização da sociedade para evitar a ocorrência de novos casos, maior será também a cobrança para que a "Estratégia Nacional de Prevenção do Suicídio", lançada há mais de 10 anos pelo Ministério da Saúde, saia do papel e seja uma política pública de verdade. É um efeito dominó: informação gera reflexão e atitude. Todos podemos fazer alguma coisa em favor da vida. Se o "meio ambiente começa no meio da gente", como disse certa vez um escritor goiano, o suicídio é um desastre ecológico. Quem defende a ecologia planetária, não pode descuidar da ecologia profunda. É preciso defender a vida em todos os planos da existência, que por sinal, estão interligados e são interdependentes.

Plurale - O que você diria para quem já pensou ou está pensando em se suicidar?

André Trigueiro - A maioria das pessoas já pensou alguma vez em suicídio – pelas mais diversas razões – e nunca perdeu muito tempo com essa ideia. Quando esse pensamento é recorrente, acende-se a luz amarela. Acho importante a gente se dar conta de que toda dor, por mais aguda que seja, passa. Se demorar a passar, procuremos ajuda. Muita gente que já pensou várias vezes em se matar, hoje consegue tocar a vida muito bem sem esse pensamento. Muita gente que já tentou se matar conseguiu superar esse trauma para seguir em frente com ânimo revigorado. Em boa parte dos casos quem pensa muitas vezes em suicídio se isola da família e dos amigos, vai vivendo num mundo paralelo. Isso é ruim. Considere o benefício do desabafo. Todos nós precisamos ter a chance de desabafar com alguém, falar abertamente sobre o que nos incomoda ou atormenta. O ideal é que seja alguém que nos escute sem julgamentos, condenações ou receitas prontas para resolver os nossos problemas. Em não sendo possível encontrar esse alguém – cada vez mais raro nos dias de hoje - ligue para o CVV (141) e experimente os efeitos positivos desse contato. Se nada disso lhe parecer interessante ou convincente, vale lembrar que todas as religiões ou tradições espiritualistas do ocidente e do oriente classificam o suicídio como um erro gravíssimo. Sou espírita há 30 anos e resumirei aqui o que esta doutrina em particular assinala sobre as consequências do suicídio no mundo espiritual: o arrependimento é certo, o sofrimento se agrava barbaramente e em nenhuma hipótese o autoextermínio significa alívio ou solução para os problemas. Pense nisso. Por que não se dar de presente uma nova chance? Você merece!
Agenda de lançamentos mais próximos do livro:
- Santa Maria (RS), próximo sábado, 9/5, na Feira do Livro
- Rio de Janeiro, 11/5, segunda-feira, a partir das 19h - Livraria da Travessa do Shopping Leblon
- São Paulo,18/5, segunda-feira, 18/5, com gravação de talk show da Rádio CBN das 19h às 20h e depois autógrafos - Livraria Cultura do Conjunto Nacional - Avenida Paulista 2.073

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Suicídio


Lamentável equívoco que precipita muitos Espíritos ao sofrimento e grande decepção pela fuga do viver;
Quando acordam do ato insano e desesperado que cometeram choram, desiludidos por terem perdido a oportunidade de vencerem desafios que foram superestimados;
Relembram as imagens dos últimos momentos que antecederam seu ato, arrependidos da ação lesiva a sua integridade física, psicológica e espiritual;
Sofrem duplamente por também fazerem sofrer quem ficou, que se sentem impotentes e, muitas vezes, também com culpa;
Graças a Misericórdia Divina, são recebidos em instituições especializadas para tratamento adequado ao futuro reencarne;
Por longos períodos, aguardam nova oportunidade de retorno a um novo corpo fisico, trazendo as sequelas de seu desatino;
Anseiam por alguém que os recebam como mãe e que os impulsionem a não mais fugirem de seus processos existenciais;
Muitos, pela fragilidade psicológica em que se encontram, sintonizam com mentes desencarnadas que os infernizam para cometerem o delito contra si mesmo;
Se tivessem buscado ajuda psicológica e espiritual provavelmente teriam dado continuidade a vida enfrentando suas mazelas;
A falta de consciência de sua imortalidade, a incredulidade quanto a vida espiritual, a falta de amor próprio e a ausência de fé em Deus são os principais fatores para que  o ser humano se precipite pelas portas do suicídio.
Quando amam alguém, além de amarem a si mesmos, conseguem frear impulsos danosos para interromper sua encarnação;
A solução está na resiliência, no amor e na espiritualidade que se coloca na própria vida.

 por Adenáuer Novaes

domingo, 26 de abril de 2015

Chico Xavier, conheceu amigos suicidas

Pergunta – Na sua vida mediúnica, Chico Xavier, conheceu amigos suicidas reencarnados?

Resposta – Alguns. Tendo começado a tarefa mediúnica em 1927, há quase 41 anos, tive tempo suficiente para observar alguns casos e posso dizer que todos aqueles que vi reencarnados, depois do atentado contra eles mesmos, traziam consigo os sinais, os reflexos da leviandade que haviam perpetrado.
Contudo, devemos respeitar os suicidas como criaturas extremamente sofredoras que, muitas vezes, perderam o controle das próprias emoções, raiando para o desrespeito a si próprios.
Os resultados do suicídio acabam sempre impressos naqueles que o perpetram; desse modo, a dois companheiros que se suicidaram com bala no ouvido – e que revi, no espaço, depois de 10 anos – vi-os reencarnados na condição de crianças retardadas num estado de extrema idiotia.
Outro companheiro que se suicidou, com o veneno, renasceu como uma criança que trazia já o câncer na garganta, tendo desencarnado pouco tempo depois.
Os espíritos me explicaram que muitas vezes, o suicida, em se reencarnando como que destrói os tecidos do novo corpo; a desencarnação, ou a morte propriamente considerada, ocorre logo depois do nascimento ou algum tempo depois. Ai; então, o espírito estará em condições de aprender quanto vale a vida; deseja viver, mas não consegue, conseguindo, enfim, depois de grande esforço.
Pergunta – Aproveitando a oportunidade de seu profundo conhecimento da matéria, nós perguntamos: os espíritos acham que os sofrimentos dos suicidas decorrem de um castigo de Deus?
Resposta – Não. Não decorrem de um castigo de Deus, porque Deus é a Misericórdia Infinita, a Justiça Perfeita.
Emmanuel sempre me explica e outros amigos espirituais, lecionando sobre o assunto também explicam, que, quando atentamos contra o nosso corpo, na Terra, ferimos as estruturas do nosso corpo espiritual. Infringimos a nós mesmos essas punições.
Se malbaratamos o crânio com um tiro, estamos destruindo determinados recursos do nosso cérebro espiritual; se nos envenenamos, perturbamos determinados centros de nossa alma; se nos projetamos de grande altura, estamos, também, perturbando os ligamentos, as estruturas, as conexões de nosso corpo espiritual e permanecemos no além com os resultados do suicídio para depois, ao reencarnarmos na Terra, trazermos as consequências em nosso próprio corpo.
-Chico Xavier/Emmanuel – do livro “Entrevistas”

terça-feira, 24 de março de 2015

O suicídio não resolve...

O suicídio não resolve... - José de Paiva Netto

Matar-se abala, por largo tempo, a existência do Espírito, pois ofende a Lei Divina, que é Amor, mas também Justiça.


Ensinava Alziro Zarur (1914-1979):

— O suicídio não resolve as angústias de ninguém.

Estava com a razão o autor de Poemas da Era Atômica.

Matar-se abala, por largo tempo, a existência do Espírito, pois ofende a Lei Divina, que é Amor, mas também Justiça.

Quando a dor apertar, por favor, lembre-se desta página de André Luiz, na psicografia do venerando Francisco Cândido Xavier (1910-2002):

Mais um pouco*1

“Quando estiveres beira da explosão na cólera, cala-te mais um pouco e o silêncio te poupará enormes desgostos.

“Quando fores tentado a colaborar na maledicência, guarda os princípios do respeito e da fraternidade mais um pouco e a benevolência te livrará de muitas complicações.

“Quando o desânimo impuser a paralisação de tuas forças na tarefa a que foste chamado, prossegue agindo no dever que te cabe, exercitando a resistência mais um pouco e a obra realizada ser-te-á gloriosa bênção de luz.

“Quando a revolta espicaçar-te o coração, usa a humildade e o bom entendimento mais um pouco e não sofrerás o remorso de haver ferido corações que devemos proteger e considerar.

“Quando a lição oferecer dificuldade  tua mente, compelindo-te desistência do progresso individual, aplica-te ao problema ou ao ensinamento mais um pouco e a solução será divina resposta tua expectativa.

“Quando a ideia de repouso sugerir o adiamento da obra que te cabe fazer, persiste com a disciplina mais um pouco e o dever bem cumprido ser-te-á coroa santificante.

“Quando o trabalho te parecer monótono e inexpressivo, guarda fidelidade aos compromissos assumidos mais um pouco e o estímulo voltará ao teu campo de ação.

“Quando a enfermidade do corpo trouxer pensamentos de inatividade, procurando imobilizar-te os braços e o coração, persevera com Jesus mais um pouco e prossegue ajudando a todos, agindo e servindo como puderes, porque o Divino Médico jamais nos recebe as rogativas em vão.

“Em qualquer dificuldade ou impedimento, não te esqueças de usar um pouco de paciência, amor, renunciação e Boa Vontade, a favor de teu próprio bem-estar.

“O segredo da vitória, em todos os setores da vida, permanece na arte de aprender, imaginar, esperar e fazer mais um pouco”.

O Salmo 31:24 da Bíblia Sagrada adverte fraternalmente:

– Tende coragem, e Ele fortalecerá o coração de todos vós que esperais no Senhor.

O Rabino Henry Sobel pondera:

– Não somos donos da Vida, mas apenas os guardiões dela.

Honremos, pois, o extraordinário dom que Deus nos concedeu, que é a Vida, e Ele sempre virá em nosso socorro pelos mais inimagináveis e eficientes processos.

Substancial é que saibamos humildemente entender os Seus recados e os apliquemos com a Boa Vontade e a eficácia que Ele espera de nós.

A permanente sintonia com o Poder Divino só nos pode adestrar o Espírito, para que tenha condições de sobreviver dor, mesmo que em plena conflagração dos destemperos humanos.

Do livro Billy Graham responde, emerge esta elucidação do respeitado pastor norte-americano:

— A vida nos foi concedida por Deus e só Ele tem o direito de tirá-la. Além disso, até mesmo no meio das circunstâncias mais difíceis, Deus está conosco. (...) Devo enfatizar o fato de o suicídio ser um erro, não fazendo parte do plano de Deus.

Na Quarta Surata do Alcorão Sagrado, encontramos este conforto numa admoestação do Profeta Muhammad:

29. Ó crentes, não defraudeis reciprocamente os vossos bens por vaidade, realizai comércio de mútuo consentimento e não pratiqueis suicídio, porque Deus é misericordioso para convosco.

Santa Teresa d’Ávila (1515-1582), a grande mística da Espanha, incentiva-nos perseverança:

— Que nada te perturbe, nada te amedronte.

Tudo passa. Só Deus nunca muda.

A paciência tudo alcança. A quem tem Deus, nada falta.

Só Deus basta.

A continuação da existência após a morte jamais poderá ser justificativa para o suicídio. Todos continuamos vivos.

Acertadamente escreveu Napoleão Bonaparte (1769-1821), quando lamentou essa inditosa escolha, que infelicita o Espírito de quem se deixa seduzir por ela, porque a chegada ao Outro Mundo daquele que destrói o seu próprio corpo é um grande tormento, porquanto não há morte após a morte:

— Tão corajoso é aquele que sofre valentemente as dores da Alma como o que se mantém firme diante da metralha de uma bateria. Entregar-se dor sem resistir, matar-se e eximir-se mesma dor é abandonar o campo de batalha antes de ter vencido.

(Apesar de Napoleão I ter pensado em suicídio durante sua atribulada carreira militar e política, não o praticou. Daí a importância do seu pensamento).

Finalmente, confiantes, sigamos o caminho apontado pelo Senhor no livro Deuteronômio, 30:19:

— Como podes ver, coloquei hoje diante de ti a Vida e o Bem, a morte e o mal... portanto, escolhe a Vida, para que vivas tu e a tua semente.

Meus Amigos e Irmãos em Humanidade, a grande fortuna é sabermos que Viver é melhor!

*¹ “Mais um pouco” – Antologia da Boa Vontade, 1955.

Autor: Assessoria
Fonte: O Nortão