Para quem pensa cometer um suicídio sem dor, alertamos que o suicida não o fará sem dor, muita dor.

terça-feira, 22 de março de 2011

Aborto e Suicídio - Luiz Carlos Formiga

Recordo a história de uma gestante, filha de espíritas. Durante uma obra de alvenaria na casa de seus pais, apaixonou-se pelo pedreiro responsável. Casaram-se. Nasceu uma filha, doce menina, bela jovem.
Dificuldades financeiras eram muitas. Ele era obrigado a fazer horas extras em outras cidades e, durante a semana, ficava longe da família. Engravidaram de um menino “temporão”.
Os problemas financeiros, que não eram poucos, certamente aumentariam, mas tiveram a criança.
Em outro caso, onde a mãe dona Anna disse: “Não, Doutor! Matar? Nunca!”, o menino recebeu o nome de Divaldo Pereira Franco.
http://br.msnusers.com/DIVALDOFRANCONORJ/nodoutormatarnunca.msnw
No que lhes narro o menino é outro.
O pedreiro e a mulher venceram desafios, mas o destino resolveu ser cruel.
A lesão cardíaca roubou-lhes a filha, na juventude.
Ela entrou em depressão lutando e resistindo para cuidar do filho, ainda na primeira infância.
O tempo passou, o menino cresceu, chegou à universidade, doutorou-se e lhe deu três netas e um neto. Voltou a ser feliz.
Mas, “o tempo não para!”.
Prova final, no leito do Hospital da Universidade, onde o filho agora era professor, faz-lhe a confissão: “quando sua irmã morreu senti vontade de morrer também. Não cometi suicídio porque você era tão pequeno!”.
É extenuante a dor de quem perde um filho!
Chico Xavier passou bom tempo dedicando-se às mães desesperadas. “Ninguém tem o direito de se omitir”, http://www.chicoxavier.org.br/ (com som).
Certa vez fui a Uberaba. Impressionou-me o sofrimento e a expectativa daquelas mães esperando a comunicação, como Nair Belo.
Chico tinha um limite e psicografava “poucos”, durante cada reunião.
Qual o critério utilizado pela espiritualidade para a escolha das mães privilegiadas?
Um amigo disse-me já ter feito a pergunta. Fora informado de que o critério era a profundidade da dor, aquela que poderia levar ao suicídio.
Hoje também sou avô, mas mal posso imaginar a dor da esposa do pedreiro.
Na terceira idade, devo agradece-lhe a luta e a resistência. Ela me criou. Permitiu-me estar agora recordando a poesia de Plínio. (LUIZ CARLOS FORMIGA) http://www.ajornada.org/materias/perfil/perfil-0006.htm  

Relação de artigos de Luiz Carlos Formiga...

LUIZ CARLOS D. FORMIGA é professor universitário da UFRJ e UERJ, aposentado.

Jornal dos Espíritos - o seu jornal espírita na internet

segunda-feira, 21 de março de 2011

Capacitação de Voluntários

Aos Amigos, o Posto Samaritano Abolição, integrado ao Programa CVV
realiza gratuitamente há 49 anos serviço de Apoio Emocional e
Valorização da Vida (consequentemente prevenindo o suicídio),
utilizando o telefone como ferramenta. Nos dias 09/04 E 10/04//2011 no
horario das 13hs às 19hs haverá curso para seleção e capacitação de
novos voluntários e solicitamos a colaboração em divulgar o evento
conforme release abaixo.
EVENTO:
O Posto Samaritano Abolição, Vinculado ao Programa CVV de Apoio
Emocional e Prevenção ao Suicidio nos dias 09 e 10 de abril de 2011,
realizara curso para capacitação de novos voluntários da entidade. Nos
dois dias do evento o horario sera das 13hs às 19hs- Onde sera
apresentada a filosofia da entidade e a forma de conduta a ser seguida
pelo voluntário.
INSCRIÇÕES:
As inscrições podem ser feitas pessoalmente na sede da entidade na Rua
Abolição, 411- Bela Vista - SP em horário comercial ou pelo telefone
3242-4111 apos as 19hs00 ou via e-mail:
abolicao@postosamaritano.org.br ou  30 minutos antes do curso.
DURANTE A ATIVIDADE:
Durante a atividade - que é gratuita - haverá seleção dos interessados
em colaborar com a entidade. Para ser voluntário Samaritano, vinculado
ao Programa CVV Prevenção ao suicídio, Apoio Emocional e valorização
da vida, basta ter mais de 18 anos, ter disponibilidade de tempo
(média de 4 horas e meia por semana), disposição para ajudar o próximo
e abertura para o autoconhecimento e ser treinado.
INSTITUIÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS:
Instituição sem fins lucrativos os postos Samaritanos desenvolvem
trabalhos de apoio emocional por meio de contatos telefônicos,
atendimento pessoal, via correio, e-mail e mais recentemente, via
chat, no próprio site da entida de(www.cvv.org.br).
Obs: É necessário o comparecimento aos 2(dois) dias do evento.
Ver Cartaz do Evento em Anexo.
CONFIRA O ENDEREÇO:
http://www.cvv.org.br.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Estatística Braseleira - Gazeta do Sul

Casos de suicídio crescem 17,1% em dez anos
Brasília – Embora com números pouco expressivos no cenário internacional, os casos de suicídio no Brasil cresceram 17,1% no período analisado pela pesquisa do Instituto Sangari. Foi o maior aumento registrado entre as causas de morte por violência – que compreendem também acidentes de trânsito e homicídio. Em 1998, foram contabilizados 6.985 óbitos. Dez anos depois, o número passou para 9.328. A exemplo de outras formas de violência, o aumento foi constatado sobretudo em cidades do interior do Nordeste e entre grupo masculino – nos Estados, 79,1% dos suicidas são homens.
No Nordeste, a taxa de suicídio aumentou 80,1% no período analisado. O segundo maior crescimento foi apresentado pelo Centro-Oeste, com elevação de 31,1% nas taxas de morte. O fenômeno na região é atribuído sobretudo às mortes provocadas entre população indígena. Para se ter ideia, em 2008 foram registrados 100 suicídios de índios.
Apesar do aumento registrado no Nordeste, Rio Grande do Sul segue como o Estado com maior registros de suicídios no País. A taxa em 2008 era de 10,7 por 100 mil habitantes – um número considerado expressivo. (AE)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Suicídio e Loucura - Dr. Luiz Carlos Formiga






Suicídio e Loucura (*)

Era jovem professor e já me atrevia a fazer algumas palestras. 

Como dominava o conteúdo das doenças infecciosas, pois já tinha feito pós-graduação, procurava falar sobre esses assuntos. 

Houve um período em que a Hanseníase ganhou o seu lugar e no movimento espírita do Rio discutia-se “doenças kármicas”. 

Um pequeno texto, que enviei para o jornal O Globo, acabou virando editorial de uma revista de Patologia Clínica. Fez até parte do pronunciamento do Deputado Elias Murad. PTB-MG, Assembléia Nacional Constituinte na Câmara.(1)

Esses acontecimentos nos envernizaram o ego, que já brilhava intensamente após o doutorado. Como somos tolos! 

Pensamos que sabemos tudo, até de mediunidade, e ficamos perplexos diante de situações inusitadas. 

Foi assim que me senti, quase no final da palestra, após ter combatido o estigma da lepra e afirmado com veemência que “Hanseníase Tem Cura”.

A senhora que estava sentada na primeira fila, mediunidade bem trabalhada, não conseguiu resistir ao espírito e através da comunicação oral, em choro convulsivo, ele exclamou: “Eu não sabia que hanseníase tinha cura, foi por isso que me suicidei! 

Aquela cena não me saiu mais da retina. Hoje volto ao tema inspirado pelas revelações de Yvonne Pereira no Terceiro Congresso Espírita Brasileiro, abril de 2010.

Quando abrimos O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE) e estudamos “O Suicídio e a Loucura” vemos que o preservativo da razão é a serenidade e que as idéias materialistas (venenos) são excitantes ao suicídio.(*) 

É por isso que “não estou nem aí” para os que acham que fundar um Núcleo Espírita Universitário foi uma idéia elitista. “Os Homens de ciência devem se apoiar na autoridade do seu saber para procurar provar aos seus ouvintes, ou aos seus leitores, que eles têm tudo a esperar depois da morte, no novo estilo de vida.” 

Coloquei aspas porque fiz interpretação livre do item 16, do capítulo V, do ESE.
O item 20, do mesmo capítulo, fala do “dever do espírita de participar da vulgarização (divulgação) do Espiritismo, a luz sagrada que já começou a realização da regeneração do próprio divulgador.” 

Yvonne Pereira nos fala do aumento do número de suicidas. 

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro tem esse “espinho na carne”. No Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, 10 de setembro do ano passado organizou Seminário (2), que nós espíritas divulgamos.

Naquela palestra, o suicida pode expressar toda a sua dor e decepção. 

Ficamos de saia justa no primeiro momento, fomos apanhados de surpresa, No entanto, a platéia emocionada e em silêncio colaborou no “pronto socorro” que a direção da Casa lhe proporcionou.

Quantos por ignorância não estão chegando desta maneira aos cuidados de Yvonne? 

Que possamos cumprir o “dever de participar na vulgarização do Espiritismo.” Foi por isso que escrevi para determinada população-alvo o artigo: “Entendendo a Dor (e a Reencarnação), com Finalidade Pedagógica. Vai e não peques mais” (3).