Para quem pensa cometer um suicídio sem dor, alertamos que o suicida não o fará sem dor, muita dor.
domingo, 30 de setembro de 2012
SUICÍDIO POR OBSESSÃO
(Revista Espírita, janeiro de 1869 - Variedades)
Lê-se no Droit:
“O Sr. Jean-Baptiste Sadoux, fabricante de canoas em Joinville-le-Pont, percebeu ontem um jovem que, depois de ter vagado durante algum tempo sobre a ponte, subiu no parapeito e se atirou ao Marne. Imediatamente ele foi em seu socorro e, ao cabo de sete minutos, retirou-o. Mas a asfixia já era completa e todas as tentativas para reanimar aquele infeliz foram infrutíferas.
“Uma carta encontrada com ele permitiu que fosse reconhecido como o Sr. Paul D..., de vinte e dois anos, residente na Rua Sedaine, em Paris. Essa carta, dirigida pelo suicida ao seu pai, era extremamente tocante. Ele pedia perdão por abandoná-lo e dizia que há dois anos era dominado por uma ideia terrível, por uma irresistível vontade de se destruir. Acrescentava que lhe parecia ouvir fora da vida uma voz que o cha mava sem descanso e, a despeito de todos os esforços, não podia impedir de ir para ela. Encontraram, também, no bolso do paletó, uma corda nova, na qual tinha sido feito um laço corredio. Depois do exame médico-legal, o corpo foi entregue à família.”
A obsessão aqui está bem evidente, e o que não está menos evidente é que o fato nada tem a ver com o Espiritismo, nova prova de que esse mal não é inerente à crença. Mas se o Espiritismo não tem nada a ver com este caso, só ele pode dar a sua explicação. Eis a instrução dada a respeito por um dos nossos Espíritos habituais, da qual ressalta que, malgrado o arrastamento a que o jovem cedeu para a sua infelicidade, ele não sucumbiu à fatalidade. Ele tinha o seu livre-arbítrio e, com mais vontade, poderia ter resistido. Se tivesse sido espírita, teria compreendido que a voz que o solicitava não poderia ser senão de um mau Espírito e as consequências terríveis de um instante de fraqueza.
(Paris, Grupo Desliens, 20 de dezembro de 1868 – Médium: Sr. Nivard)
A voz dizia: Vem! Vem! Mas teria sido ineficaz essa voz do tentador, se a ação direta do Espírito não se tivesse feito sentir. O pobre suicida era chamado e impelido. Por quê? Seu passado era a causa da situação dolorosa em que se achava. Ele apegava-se à vida e temia a morte. No entanto, nesse apelo incessante que ouvia, pergunto eu, ele encontrou força? Não, ele hauriu a fraqueza que o perdeu. Ele venceu os temores, porque esperava no fim encontrar do outro lado da vida o repouso que o lado de cá lhe negava. Ele se enganou, pois o repouso não veio. As trevas o cercam, a consciência lhe censura o ato de fraqueza e o Espírito que o arrastou gargalha ao seu redor e o criva de motejos constantes. O cego não o vê, mas escuta a voz que lhe repete: Vem! Vem! e que depois zomba de suas torturas.
A causa deste caso de obsessão está no passado, como acabo de dizer. O próprio obsesso r foi impelido ao suicídio por esse que ele acaba de empurrar para o abismo. Era sua mulher na existência anterior, e tinha sofrido consideravelmente com o deboche e as brutalidades de seu marido. Muito fraca para aceitar a situação que lhe era dada, com resignação e coragem, buscou na morte um refúgio contra os seus males. Ela vingou-se depois, sabeis como. Entretanto, o ato desse infeliz não era fatal. Ele tinha aceito os riscos da tentação; ela era necessária ao seu adiantamento, porque só ela poderia fazer desaparecer a mancha que havia conspurcado sua existência anterior. Ele tinha aceito os seus riscos, com a esperança de ser mais forte, e se havia enganado: sucumbiu. Recomeçará mais tarde? Resistirá? Dele dependerá.
Rogai a Deus por ele, a fim de que lhe dê a calma e a resignação de que tanto necessita, a coragem e a força para não falir nas provas que tiver de suportar mais tarde.
LOUIS NIVARD.
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sábado, 22 de setembro de 2012
Objetivos para viver
Objetivos para viver
Existir significa ter vida, fazer parte do Universo, contribuir para a harmonia do Cosmo.
Assim, a vida que pulsa na intimidade de cada um de nós é convite de Deus para nos integrarmos a Ele, ao Universo, visto sermos dEle os filhos diletos.
E a busca por um sentido, por entender a vida com um significado especial, é a força propulsora para o progresso.
Todo aquele que encontra um objetivo para viver, sejam seus ideais, suas necessidades ou mesmo suas ambições, terá em sua vida um sentido maior.
Mesmo sob cruciais e pesadas tormentas, o objetivo a se alcançar será sempre a mola propulsora.
Afinal, quando se tem o porquê viver, a forma como se vive, até que se atinja o objetivo desejado, torna-se secundária.
Viktor Frankl, psiquiatra judeu, afirmou que somente venceu os suplícios dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial porque conseguiu encontrar um nobre objetivo para quando saísse de lá.
Ele tinha três razões para viver: sua fé, sua vocação e a esperança de reencontrar a esposa. Ali onde tantos perderam tudo, Frankl reconquistou não somente a vida, mas algo maior.
Assim, enquanto tantos resvalavam na fuga pelo suicídio, nos dias de confinamento, ele superou as dores físicas e morais, ao se apoiar nos objetivos que se propôs alcançar.
Thomas Alva Edison, após mais de dois mil experimentos, mantinha o mesmo ânimo na busca de soluções para a criação da lâmpada elétrica, impulsionado que estava pelo objetivo da descoberta e da criação.
Muitos aposentados e idosos, depressivos diversos, que se neurotizaram, recuperam-se através do serviço ao próximo, da autodoação à comunidade, do labor em grupo, sem interesse pecuniário, reinventando razões e motivos para serem úteis, assim rompendo o refúgio sombrio da perda do sentido existencial.
Sem meta não se vive. Mas essa se trata sempre de um sentido pessoal, que ninguém pode oferecer e que é particular a cada qual.
Não por outra forma que, comumente, pessoas atuantes, vibrantes, quando perdem o objetivo pelo qual pautavam a vida, resvalam nos sombrios caminhos da depressão.
Assim, cabe a cada um de nós não se esquecer do significado maior da vida. Se os parâmetros externos modificam-se, se a vida se altera, é natural que nossos objetivos também sigam curso semelhante.
Porém, não esqueçamos que será sempre objetivo de todos nós a busca da construção íntima através do desenvolvimento intelectual e das conquistas morais.
Será a conjugação desses dois valores que proporcionarão bem-estar interior e plenitude.
Quem percebe a vida como uma oportunidade constante e inesgotável de progresso e conquistas, jamais deixará de possuir objetivos, pois terá como meta maior a construção da plenitude existencial na intimidade da alma.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 5, do livro Amor, imbatível amor, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Um milhão de pessoas morrem por suicídio no mundo ao ano
Um milhão de pessoas morrem por suicídio no mundo ao ano
Um milhão de pessoas morrem por suicídio no mundo ao ano, diz OMS
Relatório diz que uma pessoa se suicida a cada 40 segundos.
Organização Mundial de Saúde afirma que problema é grave.
Da France Presse
Um milhão de pessoas por ano se suicidam, uma quantidade maior que o total de vítimas de guerras e homicídios, um problema que se agrava, segundo o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicado em Genebra. O relatório foi elaborado para a décima edição do Dia Mundial de Prevenção de Suicídio que acontece na próxima segunda-feira (10).
A OMS destacou que as taxas de suicídio mais elevadas são a dos países do leste da Europa, como Lituânia ou Rússia, enquanto as mais baixas se situam na América Central e do Sul, em países como Peru, México, Brasil ou Colômbia. Estados Unidos, Europa e Ásia estão na metade da escala e não há estatísticas sobre o tema em muitos países africanos e do sudeste asiático.
"Uma pessoa se suicida no mundo a cada 40 segundos aproximadamente, ou seja, mais do que o número combinado das vítimas de guerras e homicídios", informou o relatório da Organização Mundial da Saúde.
Problema grave
O número de tentativas de suicídio ainda é muito grande, com 20 milhões de tentativas por ano. Segundo a OMS, 5% das pessoas no mundo fazem uma tentativa de suicídio pelo menos uma vez em sua vida.
O problema está se agravando e o suicídio "se transformou em um problema de saúde muito importante" para a OMS, informou nesta sexta-feira o doutor Shekhar Saxena, ao apresentar esse relatório à imprensa em Genebra.
"O suicídio é uma das grandes causas de morte no mundo e durante os últimos anos, sua taxa aumentou em 60% em alguns países", acrescentou. O suicídio é a segunda causa de morte no mundo entre os adolescentes de 15 a 19 anos, mas também alcança taxas elevadas entre pessoas mais velhas.
A OMS destaca que há três vezes mais suicídios entre homens do que entre mulheres, independente das faixas de idade e os países considerados. Por outro lado, há três vezes mais tentativas de suicídio entre as mulheres que entre os homens.
A disparidade entre as estatísticas é explicada pelo fato que os homens empregam métodos mais radicais que as mulheres para morrer.
Do Globo.com
domingo, 9 de setembro de 2012
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