Tratamento para depressivos erradica suicídio, diz estudo dos EUA
Cerca de 33 mil se suicidam anualmente nos Estados Unidos.
Lá, doença mental atinge 90% das pessoas que tiram a própria vida.
France Presse
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Um amplo programa de tratamento de pessoas depressivas, testado em um hospital de Michigan (norte dos Estados Unidos), permitiu a erradicação total dos suicídios há dois anos, indica um estudo publicado nesta terça-feira (18) nos Estados Unidos.
A pesquisa figura em uma edição especial da revista "Journal of the American Medical Association" sobre saúde mental.
saiba mais
Pais também sofrem de depressão pré-natal ou pós-parto, diz pesquisa Impulsos elétricos em zona cerebral podem curar depressão Na mostra de pacientes estudados, a taxa de suicídios caiu 75% nos quatro primeiros anos, passando de 89 para cada 100 mil a 22, uma redução significativa. Posteriormente, durante dois anos e meio, a taxa de suicídio caiu para zero.
"Estes resultados alentadores sugerem que esse programa de cuidados pode ser altamente eficaz", indicou à AFP o doutor Edward Coffey, que dirige os serviços de saúde comportamental dos hospitais Henry Ford em Detroit (Michigan).
O programa compreende, entre outros, uma avaliação sistemática dos riscos de suicídio, psicoterapias comportamental, a proibição de ter arma em casa, o estabelecimento de contato constante por consultas, telefones, visitas e e-mails.
Cerca de 33 mil pessoas se suicidam anualmente nos Estados Unidos, e 90% delas sofrem um episódio de doença mental, na maioria das vezes depressão.
Entre os fatores de risco do suicídio estão os antecedentes familiares, o abuso de álcool, de drogas ou de medicamentos, a violência familiar, as agressões sexuais, a prisão e a posse de armas, que estão presentes em mais de um suicídio em cada dois nos EUA.
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