segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Suicídio pela visão Reencarnacionista

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deldebbio | 8 de fevereiro de 2014


O suicídio é a interrupção da vida (óbvio). Mas nesta frase se encontra a chave de todo o drama que o suicida passa após a morte. Assim como o mais avançado dos robôs, ou simples um radinho de pilha, o corpo também tem sua bateria, e um tempo de vida útil baseado nesta carga. De acordo com nossos planos (traçados do “outro lado”) teremos uma carga X de energia, que pode ser ampliada, se assim for necessário. Então, um atentado contra a vida não é um atentado exatamente contra Deus, mas contra todos os seus amigos, mentores ou engenheiros espirituais que planejaram sua encarnação nos mínimos detalhes, e contra a própria energia Divina que foi “emprestada” para animar seu veículo físico de manifestação: seu corpo. Equivale aos EUA gastar bilhões pra mandar um homem a Marte, e quando ele estivesse lá resolvesse voltar porque ficou com medo ou sentiu saudades de casa. Todos os cientistas envolvidos na missão ficarão P da vida, e com razão. Afinal, quando ele se candidatou para a missão estava assumindo todos os riscos, com todos os ônus e bônus decorrentes de um empreendimento deste tamanho. Quando esse astronauta voltar à Terra vai ter trabalho até pra conseguir emprego de gari. É mais ou menos assim no plano espiritual. Um suicida nunca volta pra Terra em condições melhores do que estava antes de cometer o autocídio.

Segundo Allan Kardec, codificador do espiritismo, “Há as conseqüências que são comuns a todos os casos de morte violenta; as que decorrem da interrupção brusca da vida. Observa-se a persistência mais prolongada e mais tenaz do laço que liga o Espírito ao corpo, porque este laço está quase sempre em todo o vigor no momento em que foi rompido (Na morte natural ele enfraquece gradualmente e, às vezes, se desata antes mesmo da extinção completa da vida). As conseqüências desse estado de coisas são o prolongamento do estado de perturbação, seguido da ilusão que, durante um tempo mais ou menos longo, faz o Espírito acreditar que ainda se encontra no mundo dos vivos. A afinidade que persiste entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de recuperação do estado do corpo sobre o Espírito (ou seja, o espírito ainda sente, de certa forma, as ações que o corpo sofre), que assim se ressente dos efeitos da decomposição, experimentando uma sensação cheia de angústias e de horror. Este estado pode persistir tão longamente quanto tivesse de durar a vida que foi interrompida.

Assim é que certos Espíritos, que foram muito desgraçados na Terra, disseram ter-se suicidado na existência precedente e submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem suportá-las com mais resignação. Em alguns, verifica-se uma espécie de ligação à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem para mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva interditado. A maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções encontram.”

Algumas máximas do espiritismo para o caso de suicídio:

As penas são proporcionais à consciência que o culpado tem das faltas que comete.
Não se pode chamar de suicida aquele que devidamente se expõe à morte para salvar o seu semelhante.

O louco que se mata não sabe o que faz.

As mulheres que, em certos países, voluntariamente se matam sobre os corpos de seus maridos, obedecem a um preconceito, e geralmente o fazem mais pela força do que pela própria vontade. Acreditam cumprir um dever, o que não é característica do suicídio. Encontram desculpa na nulidade moral que as caracteriza, em a sua maioria, e na ignorância em que se acham.

Os que hajam conduzido/induzido alguém a se matar terão de responder por assassinato, perante as Leis de Deus.

Aquele que se suicida vítima das paixões é um suicida moral, duplamente culpado, pois há nele falta de coragem e bestialidade, acrescidas do esquecimento de Deus.

O suicídio mais severamente punido é aquele que é o resultado do desespero, que visa a redenção das misérias terrenas.

Pergunta – É tão reprovável, como o que tem por causa o desespero, o suicídio daquele que procura escapar à vergonha de uma ação má?
Resposta dos espíritos – O suicídio não apaga a falta. Ao contrário, em vez de uma, haverá duas. Quando se teve a coragem de praticar o mal, é preciso ter-se a de lhe sofrer as conseqüências.

Será desculpável o suicídio, quando tenha por fim impedir a que a vergonha caia sobre os filhos, ou sobre a família?
O que assim procede não faz bem. Mas, como pensa que o faz, isso é levado em conta, pois que é uma expiação que ele se impõe a si mesmo. A intenção lhe atenua a falta; entretanto, nem por isso deixa de haver falta. Aquele que tira de si mesmo a vida, para fugir à vergonha de uma ação má, prova que dá mais apreço à estima dos homens do que à de Deus, visto que volta para a vida espiritual carregado de suas iniqüidades, tendo-se privado dos meios de repará-los aqui na Terra. O arrependimento sincero e o esforço desinteressado são o melhor caminho para a reparação. O suicídio nada repara.

Que pensar daquele que se mata, na esperança de chegar mais depressa a uma vida melhor?
Outra loucura! Que faça ele o bem, e mais cedo irá lá chegar, pois, matando-se, retarda a sua entrada num mundo melhor e terá que pedir lhe seja permitido voltar, para concluir a vida a que pôs termo sob o influxo de uma idéia falsa.

Não é, às vezes, meritório o sacrifício da vida, quando aquele que o faz visa salvar a de outrem, ou ser útil aos seus semelhantes?
Isso é sublime, conforme a intenção, e, em tal caso, o sacrifício da vida não constitui suicídio. É contrária às Leis kármicas todo sacrifício inútil, principalmente se for motivada por qualquer traço de orgulho. Somente o desinteresse completo torna meritório o sacrifício e, não raro, quem o faz guarda oculto um pensamento, que lhe diminui o valor aos olhos de Deus. Todo sacrifício que o homem faça à custa da sua própria felicidade é um ato soberanamente meritório, porque resulta da prática da lei de caridade. Mas, antes de cumprir tal sacrifício, deveria refletir sobre se sua vida não será mais útil do que sua morte.

Quando uma pessoa vê diante de si um fim inevitável e horrível, será culpada se abreviar de alguns instantes os seus sofrimentos, apressando voluntariamente sua morte?
É sempre culpado aquele que não aguarda o termo que Deus lhe marcou para a existência. Não há culpabilidade, entretanto, se não houver intenção, ou consciência perfeita da prática do mal.

Conseguem seu intento aqueles que, não podendo conformar-se com a perda de pessoas que lhes eram caras, se matam na esperança de ir juntar-se a eles?
Muito ao contrário. Em vez de se reunirem ao que era objeto de suas afeições, dele se afastam por longo tempo.

Fonte:
Livro dos espíritos (com algumas alterações)

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Alguns exemplos de efeitos de suicídios na nova vida, como constam no livro As vidas de Chico Xavier:

- Chico, minha filha, de 5 anos, é portadora de mongolismo, mas eu acho que ela está sendo assediada por espíritos.
Chico descartava a hipótese “espiritual” e encaminhava mãe e filha à fila de passes. Elas viravam as costas, e ele confidenciava a um amigo:
- Os espíritos estão me dizendo que essa menina, em vida anterior recente, suicidou-se atirando-se de um lugar muito alto.

Outra mãe se aproximava e reclamava do filho, também de 5 anos:
- Ele é perturbado. Fala muito pouco e não memoriza mais que 5 minutos qualquer coisa que nós ensinamos.
Quando os dois estavam a caminho da sala de passes, Chico confidenciava:
- Na última encarnação, esse menino deu um tiro fatal na própria cabeça.

Outro caso, ainda mais chocante:
- Meu filho nasceu surdo, mudo, cego e sem os dois braços. Agora está com uma doença nas pernas e os médicos querem amputar as duas para salvar a vida dele.
Chico pensava numa resposta, quando ouviu o vozeirão de Emmanuel:
- Explique à nossa irmã que este nosso irmão em seus braços suicidou-se nas dez últimas encarnações e pediu, antes de nascer, que lhe fossem retiradas todas as possibilidades de se matar novamente. Agora que está aproximadamente com cinco anos de idade, procura um rio, um precipício para se atirar. Avise que os médicos estão com a razão. As duas pernas dele serão amputadas, em seu próprio benefício.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Suicídio: Saiba os 20 sinais que mostram que pessoa pode se matar

Como falei no post anterior - Suicídio: o que você precisa saber para lidar com essa situação antes que seja tarde demais - a pessoa que tem pensamentos suicidas deixa vários sinais antes mesmo de partir para execução do ato e todos esses sinais são quase sempre reconhecíveis e previsíveis. Por isso, todos os esforços precisam ser feitos para identificarmos o quanto antes esses sinais para poder oferecer ajuda e tratamento, para tentar impedir o ato suicida. Quanto mais cedo for o diagnóstico, o tratamento terapêutico e prevenção daquelas pessoas que emitem gestos ou tentativas de suicídio, maiores são as chances de evitarmos uma tragédia maior.

Sabemos que tentativas e atos suicidas são gritos de ajuda. Ainda que inconscientemente as pessoas choram por socorro ao emitir todos os sinais que preanunciam os planejamentos ou ideias de tirar a própria vida. O grade prejuízo em tudo isso é que muitas pessoas na nossa cultura costumam rotular esses sinais como meras tentativas de chamar a atenção e, muito por isso, ignoram os sinais ou quando se dão conta do risco que eles anunciam; já é muito tarde e nada mais pode ser feito. Por isso essas “comunicações” precisam sempre ser consideradas, pois, muitas vezes, elas podem conduzir para  comportamentos impulsivos ou imaturos e, possivelmente, para o suicídio.

suicidio

Como nas relações de convivência com as pessoas sempre podemos entender e conhece-las melhor, eis aqui uma lista com os 20 sinais que frequentemente são apresentados pelas pessoas que têm potencial para cometer o suicídio. Nessa lista, encontram-se fortes fatores importantes com relação a idade, sexo,  sexualidade, saúde, família, bem estar, estado físico e fatores psicossociais.

20 sinais que uma pessoa demonstra antes de cometer o suicídio*

1. Tentativa anterior de suicídio, com intenção de morrer;
2. Ansiedade, depressão, alcolismo, quadro psicótico e estado de exaustão;
3. Tentativa premeditada e ativamente preparada;
4. Disponibilidade dos meios para o suicídio (recursos e métodos violentos e letais à disposição: remédios, armas…);
5. Preocupação com o efeito do suicídio sobre os membros da família;
6. Ideação suicida verbalizada aos parentes ou amigos;
7. Preparação de testamento, cenas de despedida ou planejamento do velório;
8. Acontecimento traumático próximo, como: luto, cirurgia iminente, término de relacionamento amoroso, dentre outros fatores;
9. Casos de suicidio na família;
10. Mudança das condições de saúde ou estado físico: doença crônica, acidente com sequelas físicas…;
11. Inicio ou término de tratamento com medicação psicotrópica;
12. Intoxicação por álcool ou outras drogas;
13. Sentimento de desesperança, pessimismo, sentimento de inferioridade constante, auto estima baixa, sentimento de culpa;
14. Melhora súbita do humor depressivo;
15. Família suicidogênica (facilita ou ignora os sinais e tentativas de suicídio);
16. Preocupação para evitar intervenção: como isolamento ou minimização do risco de descoberta;
17. Nenhuma ação para pedir socorro após alguma tentativa que não tenha levado à morte;
18. Pessoa com remorso por sobreviver da tentativa;
19. Idade, sexo e estado civil;
20.Conflitos ou insegurança com a sexualidade: homossexualidade, impotência sexual…



tentando se matar

Esteja sempre atento a si mesmo e as pessoas próximas (parentes, amigos, conhecidos…) quanto a manifestação desses e de outros sinais e comportamentos que podem refletir uma possibilidade de suicídio. Embora realmente existam muitos casos em que a pessoa usa ou simula uma tentativa de tirar a própria vida pra chamar a atenção, possa ser que numa dessas investidas uma tragédia efetivamente aconteça. Por isso nunca ignore nenhum desses pedidos de socorro que são feitos com palavras e ações da lista acima.

* Meleiro AMAS, Wang Y-P. Suicídio e tentativa de suicídio. In Louzã Neto MR, Motta I, Wang Y-P, Elkis H (eds).Psiquiatria básica. Porto Alegre, Artes Médicas, 1995; 376-96.

Dr. Elídio Almeida
Psicólogo | CRP 03/6773
(71) 8842 7744 - Salvador – Bahia
elidioalmeida.com

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